Zero congratula-se com decisão de não avanço da barragem de Fridão
A associação ambientalista Zero congratulou-se hoje com a decisão do Governo de não avançar com a barragem de Fridão, no rio Tâmega, considerando que a sua construção constituía "um risco considerável para as populações".
© ZERO
País Ambiente
"Esta barragem, adjudicada à EDP no âmbito de um Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH), aprovado pelo Governo em 2007, alvo de um estudo de impacte ambiental que viabilizava a obra, já tinha uma declaração de impacte ambiental sucessivamente prorrogada o que do ponto de vista técnico e político e até legal não tinha sentido face a mais de uma década em que as circunstâncias ambientais, sociais e económicas mudaram consideravelmente", refere a Zero.
Em comunicado, a Associação Sistema Terreste Sustentável (Zero) congratulou-se com a decisão hoje anunciada, no parlamento, pelo ministro do Ambiente e da Transição Energética, afirmando que a barragem de Fridão, no rio Tâmega, não vai ser construída, nem há razões para a restituição de qualquer montante à EDP.
Para a Zero, trata-se de uma barragem "cuja qualidade da água seria inadequada, praticamente com uma finalidade exclusiva para produção hidroelétrica, mas com reduzida rentabilidade duvidosa".
A associação refere também que a construção da barragem constituía "um risco considerável para as populações a jusante".
A Zero relembra ainda que muitas das barragens construídas em Portugal na última década foram "infelizmente resultado em grande parte de um processo político para lidar com o deficit orçamental nessa altura com danos ambientais consideráveis e com duvidosas fórmulas de rentabilidade da exploração da produção hidroelétrica".
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