Barragem do Fridão não vai ser construída, anuncia ministro
A barragem do Fridão, no Rio Tâmega, não vai ser construída, anunciou o ministro João Matos Fernandes, esta terça-feira, na Comissão de Ambiente. E "não há razões para a restituição de qualquer montante" à EDP, sublinhou Matos Fernandes.
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País Ambiente
O anúncio de que a barragem do Fridão, no Rio Tâmega, não vai ser construída foi feito pelo ministro do Ambiente esta terça-feira no Parlamento.
"A decisão relativa a barragem do Fridão está tomada", disse o ministro, adiantando que o Ministério do Ambiente não encontra razão para construir nem para indemnizar a EDP.
Segundo o ministro, houve um desinteresse por parte da EDP e que o Estado não contraria, e face a esse desinteresse, não existem razões para a restituição da verba.
De recordar que ainda hoje a associação de defesa do ambiente GEOTA anunciou que entregou no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa uma ação popular subscrita por 403 pessoas contra a construção da barragem de Fridão.
No início da atual legislatura, o Governo decidiu suspender a construção do empreendimento para proceder à sua reavaliação.
A barragem de Fridão, no rio Tâmega, consta há vários anos do Plano Nacional de Barragens, mas uma decisão definitiva sobre a construção daquele empreendimento hidroelétrico, que afeta vários concelhos (Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e Mondim de Basto), tem sido sucessivamente adiada, num processo com avanços e recuos ao longo dos anos e vários governos.
Os subscritores da ação popular alegam "razões de natureza ambiental, mas também perdas socioeconómicas, culturais, turísticas e de lazer, bem como a ameaça de viverem sob o risco de chegada de uma onda gigante, que atingiria o centro de Amarante em 13 minutos, decorrente de um potencial colapso".
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