A estratégia foi aprovada com base num "trabalho de continuidade" relativamente ao ano de 2018 e integra "um conjunto diversificado de medidas" para proteger e defender do fogo um concelho "onde a floresta representa dois terços" do território, referiu a autarquia num comunicado.

Neste território com população dispersa, a prevenção de incêndios rurais é considerada "uma missão absolutamente prioritária" para a Câmara de São Brás de Alportel e permite intensificar o "trabalho de limpeza de bermas e de manutenção da rede viária florestal", considerou o município.

"O desenvolvimento de campanhas de informação e sensibilização junto da população e a realização de sessões de esclarecimento e ações de sensibilização junto das comunidades rurais, bem como ainda as ações de fiscalização no terreno é outro eixo fundamental desta estratégia, que tem por chave a proximidade com a comunidade", acrescentou a autarquia.

O concelho conta com uma população dispersa pela serra do Caldeirão e, por isso, a autarquia destacou a importância da aposta feita em 2018 no "levantamento da população serrana e a georreferenciação de habitações" para "reforçar a capacidade de reação da Proteção Civil na proteção de bens e pessoas".

"Este ano, o concelho conta com mais um recurso para trabalhar nesta área: o Ponto de Água -- Hortas e Moinho para abastecimento de meios aéreos e em funcionamento duas novas equipas de combate a incêndios, pelo Corpo de Bombeiros" local, salientou a Câmara do distrito de Faro.

O presidente da autarquia, o socialista Vítor Guerreiro, qualificou como "imprescindível" a colaboração entre a Câmara de São Brás de Alportel e associações de produtores, empresas de distribuição elétrica, forças de segurança ou corporação de bombeiros locais, entre outras, para implementar a estratégia de combate a incêndios rurais no concelho.

O autarca manifestou, no entanto, a sua "grande preocupação pelas imensas exigências que neste momento estão a recair sobre os municípios" em matéria de prevenção a incêndios e "para os quais são insuficientes os recursos existentes", considerou.

"São necessários mais meios para que as autarquias possam desenvolver o trabalho de prevenção que urge e é necessária uma alteração profunda no paradigma do planeamento do território, onde os excessivos constrangimentos e limitações contribuem para o abandono dos territórios florestais, aumentando o risco de incêndio", acrescentou o presidente da Câmara algarvia.

A estratégia implementada para 2019 vai manter em atividade a Equipa de Sapadores Florestais da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, continuar com o pré-posicionamento de uma equipa de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros e contar com o apoio do Serviço de Proteção da Natureza da GNR para assegurar o funcionamento da torre de vigia da Menta, entre outras medidas.