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Prisioneiros de guerra? Forças Armadas têm estruturas "bem instituídas"

O ministro da Defesa Nacional considerou hoje que as Forças Armadas têm atualmente estruturas de apoio "bem instituídas" para apoiar militares que possam vir a estar na situação de prisioneiros de guerra.

Prisioneiros de guerra? Forças Armadas têm estruturas "bem instituídas"
Notícias ao Minuto

22:42 - 09/04/19 por Lusa

País Gomes CRavinho

sempre difícil dizer, porque nós preparamo-nos sempre para as coisas que aconteceram no passado, e a realidade contemporânea é que estamos confrontados com, por exemplo, guerras híbridas, guerras assimétricas, que oferecem novos desafios à própria natureza de ser prisioneiro de guerra", referiu João Gomes Cravinho.

O ministro da Defesa Nacional apresentou hoje o livro 'Prisioneiros de Guerras - Experiências de Cativeiro no século XX', coordenado por Pedro Aires Oliveira, na Academia Militar, em Lisboa.

No final, em declarações à agência Lusa, o governante disse querer "acreditar que a sociedade portuguesa é hoje uma sociedade mais inclusiva e mais aberta".

"E também que o facto de nós vivermos hoje em democracia, dá-nos, como sociedade, maior resiliência, maior capacidade de compreender e absorver fenómenos difíceis como ser prisioneiro de guerra", salientou.

"Eu creio que, em relação àquilo que é a estrutura atual das Forças Armadas, sim, há circunstâncias, nomeadamente, por exemplo, de apoio psicológico bastante bem instituídas", assinalou.

João Gomes Cravinho destacou que "a guerra é uma experiência dilacerante, profundamente marcante para qualquer sociedade", e frisou que "o que este livro faz, que é extremamente interessante, é pegar num prisma, o dos prisioneiros de guerra, e aplicar o olhar que se tem desse prisma a numerosas situações de prisioneiros de guerra portugueses, ao longo do século XX em muitos contextos e muitos ambientes geográficos diferentes".

"É uma experiência que é difícil, é uma experiência que é algo traumática [para], como sociedade compreendermos, e isso tem um efeito inibidor em Portugal, como em muitos outros países", advogou.

Na ótica do governante, "cada um dos textos" do livro oferece "uma leitura sobre a sociedade portuguesa".

"Esta experiência é uma experiência que nós, enquanto portugueses, temos de saber absorver, sobre a qual temos de saber refletir, porque ela faz parte da nossa sociedade", referiu.

O ministro da Defesa Nacional notou também que, como Portugal não tem "experiências de prisioneiros de guerra" há "bastantes anos", este é "um momento importante" para se fazer uma reflexão.

"Temos alguma distância, mas também temos entre nós muitos que viveram a experiência de serem prisioneiros de guerra em períodos, por exemplo, o período colonial, Timor, na Índia, e vale a pena recuperar aquilo que foram as memórias e as experiências deles", declarou.

Na apresentação da obra, que decorreu no âmbito do centenário da participação de Portugal na I Guerra Mundial, o ministro condecorou o presidente da comissão coordenadora das evocações, tenente-general Mário de Oliveira Cardoso, com a medalha da Defesa Nacional 1.ª classe.

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