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Missão da fragata Álvares Cabral na costa africana foi "grande sucesso"

O ministro da Defesa Nacional classificou hoje como "um grande sucesso" a missão da fragata Álvares Cabral na costa ocidental africana, afirmando que contribuiu para o aumento da segurança marítima da região e deixou "memórias positivas" na população.

Missão da fragata Álvares Cabral na costa africana foi "grande sucesso"
Notícias ao Minuto

12:16 - 06/04/19 por Lusa

País Ministro da Defesa

"Foi um grande sucesso, cumpriram-se todos os objetivos e mais, porque nunca se pode imaginar à partida aquilo que é o resultado do contacto humano, que foi muitíssimo importante, quer a nível oficial com autoridades dos vários países pelos quais esta fragata passou, quer a nível das populações", revelou João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa.

O ministro falava na Base Naval de Lisboa, em Almada, no distrito de Setúbal, após o regresso dos 156 militares da missão Mar Aberto, que começou em janeiro, na costa ocidental africana, com o objetivo de contribuir para a defesa do território, com atividades de cooperação, formação militar e de fornecimento de produtos humanitários.

Segundo o governante, o contacto com as populações, sobretudo em escolas ou hospitais, foi sempre uma "preocupação" dos militares portugueses, o que deixa "marcas importantes" e uma "memória muito positiva daquilo que é a presença de Portugal na região".

Em 75 dias de missão, a fragata Álvares Cabral percorreu cinco países, passando por Cabo Verde, Camarões, São Tomé e Príncipe, Angola e Costa do Marfim, com atividades de diplomacia naval e de aumento da segurança marítima.

"Esta é uma missão muito importante porque a região do Golfo da Guiné tem vindo a sofrer alguma degradação no ambiente de segurança, com ataques de pirataria", explicou João Gomes Cravinho.

Esta insegurança marítima é vista pelo ministro da Defesa como algo "extremamente preocupante" para o país, uma vez que "parte significativa do comércio de e para Portugal passa naquela região".

"Nós temos qualquer coisa como 20 navios de bandeira portuguesa que passam semanalmente pela região do Golfo da Guiné e, portanto, para nós é importante contribuirmos para a segurança daquela região", indicou.

Por este motivo, acrescentou o ministro, a iniciativa Mar Aberto é "um excelente exemplo" do tipo de cooperação no domínio da defesa que o Governo quer desenvolver, sobretudo com os parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"Gostaria que víssemos esta atividade como parte de uma cooperação mais abrangente, que passa por reforçar a própria capacidade da CPLP, enquanto contribuinte para a segurança internacional. Creio que nos próximos anos vamos ver um reforço dessa capacidade da CPLP de atuar como um grupo e, obviamente, que Portugal vai ser uma parte muito importante dessa dinâmica", avançou.

João Gomes Cravinho adiantou também que "ainda este ano" haverá outra missão no âmbito do Mar Aberto.

Já o comandante Noronha de Bragança afirmou o sentido de dever cumprido: "sem presunção, considero que os objetivos foram alcançados àquilo que nos propúnhamos e, nesse sentido, considero que a iniciativa Mar Aberto continua a fazer a diferença na região onde estamos, no Golfo da Guiné".

Além do reforço na segurança, o militar realçou a ligação com as populações, principalmente em São Tomé e Príncipe, onde os militares sentiram que "fizeram a diferença" ao fornecer apoio médico ao hospital da região.

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