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Sindicato promove fórum para "visão de futuro" do ensino superior

Academia, sociedade civil e empresas juntam-se hoje à mesa para chegar a "estratégias de consenso" e a uma "visão nova, que seja também uma visão de futuro" para o ensino superior, num fórum organizado por um sindicato do setor.

Sindicato promove fórum para "visão de futuro" do ensino superior
Notícias ao Minuto

10:28 - 06/04/19 por Lusa

País Educação

Serão 70 os intervenientes convidados pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) que, numa sessão no Centro Cultural de Belém, vão discutir o ensino superior num modelo de discussão interativa que vai juntar reitores e presidentes de politécnicos, representantes de instituições científicas, académicas, docentes, investigadores, empresários e deputads.

"É algo de inovador, pouco habitual na sociedade portuguesa. É um fórum de partes interessadas. Estarão presentes intervenientes que representam partes muito diversas. [...] Convidámos 70 pessoas que considerávamos uma amostra representativa e equilibrada. A forma como o fórum decorre é diferente do habitual. Não são apresentações, é muito interativo. Vamos ter sete mesas e cada uma reúne 10 pessoas, que vão tentar encontrar soluções comuns para os problemas que lhes vamos colocar", disse à Lusa o presidente do SNESup, Gonçalo Velho.

O tema do fórum, a ambição e como se pode ter mais ambição no ensino superior, será analisado sob quatro perspetivas: as pessoas, a produção académica e científica, a organização do sistema e a relação com a sociedade.

"O principal objetivo é conseguirmos inaugurar uma prática nova de trabalho, que é habitual em grandes organizações internacionais, como seja a ONU, que é os diversos interlocutores reunirem-se e nesta forma interativa e até ligeiramente informal conseguirem abordar os problemas para encontrar estratégias de consenso. Para a academia portuguesa o modelo habitual é muito formal, de comunicação de individualidades, baseado em palestras", disse.

Do fórum o sindicato espera que saia "uma visão nova para o ensino superior, que seja também uma visão de futuro, não tão formal e tão formatada nos discursos do costume".

"A principal expetativa é de inovação, é ter opiniões que saem fora do habitual. Vemos que mesmo no ensino superior os assuntos são debatidos da mesma maneira. Com a presença de empresários, membros de associações e sociedade civil, a trabalharem lado a lado e em discurso direto com estes agentes para nós é a questão mais importante", disse Gonçalo Velho.

Do ponto de vista político, por exemplo, e em ano de eleições, Gonçalo Velho sublinhou que os deputados que aceitaram participar neste modelo "perceberam que é em discurso direto que é possível pensar os seus programas" e que podem desta forma 2 testar hipóteses, verdadeiramente dialogar sem ser nas estruturas habituais e formais que caracterizam um certo Portugal sentado".

O presidente do SNESup considerou que "é muito difícil fazer algo novo em Portugal", havendo "uma resistência e uma suspeição" em relação ao modelo proposto, afirmando que as pessoas "têm medo do que é diferente e receiam o risco" e que "o sindicalismo não tem que ser todo igual".

"Muitos não conseguem perceber como é que um sindicato pode fazer algo diferente. É possível articularmo-nos com todos e não só com alguns e é por isso que vamos conseguindo consensos no parlamento, por exemplo", disse Gonçalo Velho.

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