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PSP detém fucionário de restaurante do Porto depois de denúncia do patrão

A PSP do Porto confirmou hoje à Lusa ter detido um funcionário do restaurante Miradouro Ignez, no Porto, que o Sindicato de Hotelaria diz ter sido denunciado pelo seu patrão por alegadamente estar em situação de permanência ilegal no país.

PSP detém fucionário de restaurante do Porto depois de denúncia do patrão
Notícias ao Minuto

17:28 - 04/04/19 por Lusa

País Ilegal

A detenção ocorreu na quarta-feira, depois de os trabalhadores do restaurante terem feito greve nos "dias 1 e 2 de abril, pelo pagamento pontual dos salários e na defesa de outros direitos", lê-se ainda na nota de imprensa.

Informando que o funcionário em causa, quando "se apresentou ao serviço cerca das 11h30 horas, foi impedido de entrar por um desconhecido, alegadamente representante do patrão", a exigência por parte do trabalhador dessa "ordem por escrito" acabou por ditar que "fosse chamada a PSP ao local".

Questionada pela Lusa, a PSP do Porto confirmou a ocorrência, informando terem comparecido no local, às 11h55, agentes da "12.ª esquadra, de Cedofeita, após denúncia de que um cidadão estrangeiro podia estar em situação de permanência ilegal no país".

O cidadão em causa, um imigrante brasileiro de 26 anos, "foi conduzido à esquadra após o que foi contactado o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, tendo sido então notificado para comparecer hoje no SEF para prestar esclarecimentos", acrescentou a fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto.

No comunicado, o sindicato denuncia a prática "habitual do patronato" de "aproveitar-se dos imigrantes para os explorar e depois, para os calar quando estes reclamam os seus direitos, ameaçar com a PSP, o SEF e a expulsão do país", para além de "retirar-lhes muitas vezes o alojamento e outros direitos para os fragilizar ainda mais".

"Este trabalhador está em Portugal há mais de um ano e trabalha nesta empresa desde fevereiro de 2018", revela o sindicato, acrescentando que "só após ser apresentada queixa à Autoridade para as Condições no Trabalho e à Segurança Social", em fevereiro de 2019, o "patrão deu-lhe um contrato para assinar, como fez, aliás, aos demais trabalhadores imigrantes".

O sindicato manifestou também "a sua estranheza pelo facto de a PSP ter ido ao estabelecimento e ter levado, a pedido do patrão, para a esquadra um trabalhador que estava a trabalhar" depois de na véspera o piquete de greve "ter chamado a PSP ao estabelecimento por estar uma trabalhadora que não pertence à empresa a trabalhar" mas aquela força policial "não compareceu no local durante toda a tarde".

A Lusa tentou através de contactos telefónicos para três números e também por email um comentário da sociedade Varandas Nómadas à denúncia feita pelo sindicato, mas, até ao momento, não foi possível.

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