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Primeira demissão no Governo à boleia da polémica das relações familiares

Primo do secretário de Estado do Ambiente já pediu a demissão.

Primeira demissão no Governo à boleia da polémica das relações familiares
Notícias ao Minuto

16:58 - 03/04/19 por Natacha Nunes Costa com Lusa

Política Executivo

As polémicas relações familiares no seio do Governo de António Costa, que tanto têm dado que falar nos últimos dias, provocaram, esta quarta-feira, a primeira demissão nos gabinetes do Executivo em funções.

De acordo com o Observador, em setembro de 2016, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, nomeou o primo, Armindo dos Santos Alves, para adjunto do seu gabinete. Ao ser confrontado com estas informações, o Ministério do Ambiente decidiu discutir o assunto e Armindo dos Santos Alves pediu hoje a demissão.

Fonte do Ministério do Ambiente terá garantido à mesma publicação que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, "não sabia da existência desta relação familiar".

Fonte da tutela já confirmou a informação à agência Lusa. "O ministro do Ambiente soube ontem [terça-feira] (da existência de uma relação familiar entre o secretário de Estado e o seu adjunto, quando foi confrontado pelo jornal Observador)", garantiu.

Armindo Alves, que é primo do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, pediu a exoneração de funções logo que se soube da notícia, acrescentou.

O pedido de exoneração acontece numa altura em que a oposição questiona as relações familiares entre membros do Executivo.

Recorde-se que a polémica tem vindo a subir de tom, uma vez que além das ligações diretas familiares no Executivo já há muito conhecidas - Ana Paula Vitorino e Eduardo Cabrita, que são casados, e de José e Mariana Vieira da Silva, pai e filha - têm vindo a ser noticiados vários casos de nomeações de familiares de ministros e secretários de Estado do Governo para gabinetes de governantes e altos cargos públicos.

O caso mereceu também já comentários quer do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer do anterior, Cavaco Silva.

Já António Costa tem vindo a desvalorizar a celeuma, sinalizando, num primeiro momento através de uma declaração escrita, "que nada mudou desde a formação original do Governo. Pelo que, não só não há qualquer novidade em relação ao tema, como a experiência destes três anos provou não ter havido qualquer problema com estas duas coincidências”, frisou, numa alusão à relação entre Eduardo Cabrita e Ana Paula Vitorino, e entre José Vieira da Silva e Mariana Vieira da Silva.

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