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Mais de 500 fogos com origem em queimadas (só) este ano e três mortos

A Guarda Nacional Republicana investigou este ano 542 incêndios florestais com origem em queimas e queimadas, que provocaram três vítimas mortais, avançou hoje à Lusa a corporação.

Mais de 500 fogos com origem em queimadas (só) este ano e três mortos
Notícias ao Minuto

15:36 - 27/03/19 por Lusa

País GNR

Numa resposta enviada à agência Lusa, a GNR indica que, entre 01 de janeiro e 28 de março, o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) daquela força de segurança investigou a causa de 928 incêndios, dos quais 542 tiveram origem em queimas e queimadas.

O SEPNA da GNR é a entidade que detém a responsabilidade da investigação das causas de incêndio rural.

A GNR sublinha também que, no mesmo período, registou três vítimas mortais devido à realização de queimas de sobrantes.

Os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) indicam a ocorrência de 2.045 incêndios rurais desde 01 de janeiro.

O Governo proibiu a realização de queimadas em todo o território nacional até domingo, dia 31 de março, uma vez que as previsões meteorológicas apontam para um "agravamento do risco de incêndio florestal" no país.

Os ministros da Administração Interna e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assinaram na terça-feira o despacho que determina a Declaração da Situação de Alerta.

O despacho proíbe a "realização de queimadas, de queimas de sobrantes de explorações agrícolas e florestais e de ações de gestão de combustível com recurso à utilização de fogo", refere um comunicado divulgado pelos dois ministérios.

O documento acrescenta que no âmbito da Declaração da Situação de Alerta serão ainda implementadas as medidas de caráter excecional de dispensa dos trabalhadores dos setores público e privado "que desempenhem cumulativamente as funções de bombeiro voluntário", bem como a "elevação do grau de prontidão e resposta operacional" por parte da GNR e da PSP, com reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos e de apoio às operações de proteção e socorro que possam vir a acontecer.

Em declarações aos jornalistas no aeroporto militar de Figo Maduro, antes da partida do avião da Força Aérea espanhola que transportava ajuda humanitária portuguesa para Moçambique, o comandante operacional da ANPC, Duarte Costa, alertou as pessoas "para não terem comportamentos de risco, não fazerem queimadas, não propiciarem com os seus comportamentos nada que possa provocar incêndios" devido às condições meteorológicas".

"Temos o dispositivo preparado, temos feito o nosso planeamento mas as condições meteorológicas não têm ajudado e, por isso, é muito importante que a resposta que o povo português tem dado até este momento, que tem sido fantástica, continue sempre dentro dos parâmetros da segurança para nós providenciarmos também segurança aos portugueses e aos seus bens", afirmou, sublinhando que se está a viver um período difícil.

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