Carteiro português 'ressuscita' depois de estar 21 minutos morto
João Coutinho de Araújo, de 48 anos, acordou quando ia a caminho da morgue. Comunidade médica apelida-o de “homem milagre”.
© Getty Images
País Reino Unido
É um verdadeiro milagre e em português. João Coutinho de Araújo, de 48 anos, emigrante em Inglaterra onde é carteiro, teve um ataque cardíaco e foi declarado morto durante 21 minutos. Quando estava a ser transportado para a morgue acordou.
O caso aconteceu há 10 anos, mas só agora é que o português decidiu relevar o seu “milagre” numa entrevista ao canal Gloucestershire Live.
João estava quase a sair do trabalho quando teve um ataque cardíaco. Durante seis horas, os médicos do Gloucestershire Royal Hospital tentaram reanimá-lo, mas sem resultado. Acabou por ser declarado morto.
A mulher, Grazielle, e os filhos foram informados da morte de João e ligaram para os pais deste, que vivem em Portugal, a dar conta da trágica notícia. Só que, quando estava a ser transportado da Unidade de Cuidados Intensivos para a morgue, 21 minutos depois de ter sido declarado o óbito, as enfermeiras repararam que o corpo do emigrante estava a mexer-se.
Voltaram com João para o quarto e os médicos verificaram que afinal o português não tinha morrido.
João esteve em coma três dias e internado três semanas. Nos primeiros dias, estava confuso e não reconhecia nem família, nem amigos, contudo, o seu estado foi melhorando e o português acabou por recuperar totalmente, tanto a nível físico como mental.
Durante este tempo, João foi examinado por várias equipas de médicos, nenhum profissional de saúde conseguiu explicar o que aconteceu. Decidiram por isso, apelidá-lo de “homem milagre”.
Hoje em dia João utiliza um desfibrilhador cardioversor implantável, programado para enviar um choque elétrico para o coração quando este para e é acompanhado por um médico cardiologista.
Durante a mesma entrevista, João revelou que esta não é a primeira vez que finta a morte. Anos antes, teve um trágico acidente, em Espanha, onde perdeu muito sangue. Os médicos chegaram a dizer à família que o português não ia sobreviver e que mesmo que isso acontecesse nunca mais iria mexer os braços e as pernas. Mas contra todas as das probabilidades, o emigrante saiu do hospital dias depois, sem sequelas.
Já questionado sobre a possibilidade deste "milagre" ter mudado a sua vida. João admite que mudou e que hoje dá mais valor ao dia-a-dia.
"Dou mais valor a todas as coisas, todos os dias. Todos os dias, eu agradeço por estar vivo, agradeço por ter um emprego. Dou mais valor à minha família e aos meus amigos."
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