Seis portugueses repatriados para Portugal após tragédia em Moçambique
Cidadãos nacionais vão ser transportados por avião fretado pelo Governo.
© Reuters
País Ciclone Idai
Seis portugueses a viver em Moçambique serão, na manhã deste domingo, repatriados para Portugal devido à tragédia que assolou a cidade da Beira, após a passagem do ciclone Idai.
De acordo com a RTP 3, entre os cidadãos nacionais que aceitaram a oportunidade de sair de Moçambique, num avião fretado pelo Governo, estão quatro homens, uma mulher e um adolescente. Além dos portugueses, vem também para Portugal um guineense que tem dupla nacionalidade.
O avião, que irá partir pelas 13h00, horas locais (11h00 em Portugal Continental) de Moçambique, é uma das três aeronaves fretadas pelo Estado português para apoiar as operações de socorro na Beira. Ontem, o aparelho seguiu com vários bombeiros, elementos da GNR, INEM e Proteção Civil, assim como diverso material médico de apoio ao Hospital da Beira. Como, este domingo, voltava para Portugal apenas com a tripulação, o Governo português deu a oportunidade à comunidade portuguesa de regressar ao nosso país.
Apesar da comunidade portuguesa em Moçambique ser bastante grande, apenas seis aceitaram essa ajuda. Já ontem, o Presidente da República explicava porquê.
"A grande maioria aparentemente quer ficar, o que é natural, é razoável. Têm a sua vida lá e, portanto, à medida que o tempo avança e avançam os apoios e chegam as ajudas e essas ajudas se concentram e vão chegando ao terreno, aquela que foi a perturbação inicial e natural num país sobre o qual se abate a tragédia, vai sendo progressivamente ultrapassado", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
Um milhão de crianças afetadas pela tragédia
O número de mortos em Moçambique após a passagem do ciclone Idai continua a aumentar. Oficialmente, 446 pessoas perderam a vida na tragédia que assolou a Beira, contudo, as autoridades admitem que o número de vítimas mortais pode ultrapassar as mil. Entre as vítimas mortais está um português.
As autoridades procuram agora ajudar 2 milhões de pessoas, entre cerca de 900 mil crianças, que ficaram desalojadas durante a tempestade.
Além de terem ficado sem tecto, os moçambicanos lidam com a chegada de doenças como a cólera, febre tifóide e malária, algo muito preocupante e que pode aumentar o número de mortos, garantiu a diretora-executiva da UNICEF, Henrietta Fore, após uma visita à cidade da Beira.
"O mundo não pode pensar que é uma crise pontual. Existe uma crise de curto prazo, mas, também uma de longo prazo", disse a norte-americana relembrando que a tragédia vai muito além do momento em que acontece.
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