Marcelo reage a protestos: "Vamos ver o que é possível fazer"
O Presidente da República reagiu aos protestos de que foi alvo à chegada à Universidade do Porto na tarde desta sexta-feira. Já em relação a Moçambique, Marcelo garantiu que teve vontade de ir ao local devastado pelo ciclone Idai.
© Global Imagens
País Porto
Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido, na tarde desta sexta-feira, à porta da reitoria da Universidade do Porto por manifestantes, uns eram lesados do BES, outros precários da agência Lusa e outros ainda bolseiros da Universidade do Porto.
Já no final da visita, o chefe de Estado falou aos jornalistas, referindo que, em relação aos jornalistas da Lusa que reivindicavam no local, “o processo está quase no fim; está para homologação”. Marcelo espera ainda que este seja um problema “resolvido dentro de semanas”.
No que se refere aos docentes bolseiros da Universidade do Porto, “há uma lei que é aplicada pelas universidades e essa aplicação tem sido diferente em função das instituições de ensino e tem demorado um pouco mais”. Para além disso, ressalvou, “têm existido problemas de divergência jurídica. Mas espero que o processo longo tenha chegado ao fim. Tenho estado atento".
Por fim, no que aos lesados do BES ali presentes diz respeito, garantiu o Presidente da República que se tratam de “lesados que não aceitaram o acordo. A maioria aceitou, mas houve um grupo pequeno que discordou da maioria dos lesados e quer encontrar uma solução. Vamos ver o que é possível fazer”.
Idai: “Apeteceu-me partir para Moçambique”
O número de mortes provocadas pelo ciclone Idai em Moçambique ascendeu a 293. Mas nestes números não está, “felizmente”, incluído nenhum “compatriota falecido”, indicou Marcelo.
Já em relação aos portugueses que estariam desaparecidos em Moçambique, o chefe de Estado assegurou que esta sexta-feira falou com o secretário de Estado das Comunidades que lhe indicou que a falta de energia impactou a comunicação no local. “Os primeiros dias foram dramáticos para todos, nomeadamente para os portugueses”, frisou. Depois, “pouco a pouco foram reatadas as comunicações e um a um foram encontrados os compatriotas”.
O Presidente da República explicou que Portugal está a tentar "normalizar" a resposta e apoio a Moçambique. "Estamos a tentar normalizar a situação. Mesmo no que diz respeito aos portugueses, estamos a agir num país estrangeiro com as condicionantes de ter de refazer tudo, a começar nas comunicações. Poder-se-ia esperar outro tipo de resposta, mas está a atuar-se num Estado estrangeiro, que tem estruturas próprias, com organizações internacionais", esclareceu Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa confessou também que desejou ir para o teatro de operações: “Apeteceu-me partir para Moçambique, mas não é território português”. Essa hipótese, explicou, foi ponderada juntamente com os homólogos, mas acordaram que “é prematuro”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com