Demitida professora acusada de revelar informação sobre exame nacional
O ministro da Educação decidiu demitir a docente acusada de "violação do dever de confidencialidade". Em causa está o facto de a professora ter revelado, no verão de 2017, a alunos informação sobre o exame nacional de Português.
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"O Ministro da Educação determinou a aplicação da sanção disciplinar de demissão à docente que, em violação do dever de confidencialidade a que estava vinculada, deu a conhecer informação relativa a conteúdos do exame de Português 639, realizado em 19 de junho de 2017", lê-se na nota divulgada pelo Ministério da Educação.
Lembra a tutela que na sequência do processo de inquérito pela Inspeção-Geral de Educação e Ciência (IGEC), "foi instaurado um processo disciplinar à docente para apuramento de responsabilidade".
"Todas as infrações constantes dos artigos da acusação foram consideradas provadas, concluindo-se que a docente terá agido, de forma consciente e intencional, desrespeitando gravemente os seus deveres funcionais e o interesse público", lê-se no comunicado do ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues, que informa que a docente "já notificada da decisão".
Foram, assim, "acionados e cumpridos os mecanismos legalmente previstos", dando sequência ao que o Ministro da Educação havia sublinhado sobre a matéria. "Tal como tem sucedido ao longo deste processo, a IGEC continua a prestar toda a colaboração solicitada pelas instâncias judiciais", termina a nota.
Recorde-se que a professora e explicadora terá revelado a uma aluna o que ia sair no exame nacional de Português e a informação foi depois partilhada de tal forma que se tornou viral. A revelação terá acontecido dias antes da realização do exame nacional, tendo vindo a comprovar-se que estava correta, beneficiando muitos alunos.
Por esse motivo chegou, à data dos factos, a ser ponderada a anulação do respetivo exame. O que acabou por não se verificar por decisão do próprio Ministério da Educação.
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