Casal que matou professora no Montijo julgado por tribunal coletivo
O Ministério Público (MP) acusou um casal pelo homicídio de uma professora, que era mãe e sogra dos arguidos, um crime que ocorreu no Montijo em setembro de 2018 e que será julgado em tribunal coletivo, foi esta quarta-feira anunciado.
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País Ministério Público
O MP requereu o julgamento em tribunal coletivo dos dois arguidos, pela prática dos crimes de "homicídio qualificado e profanação de cadáver".
"Está indiciado que os arguidos [...] gizaram um plano que consistia em tirar a vida à mãe da arguida, uma vez que a relação entre mãe e filha era marcada por discussões e desacatos constantes, por causa da relação amorosa entre os arguidos", lê-se numa nota publicada na página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Foi no âmbito deste plano que, segundo o Ministério Público (MP), no dia 1 de setembro de 2018, ao jantar, o casal ministrou na bebida da vítima "fármacos que a puseram a dormir", tendo desferido de imediato "vários golpes utilizando um martelo", provocando a morte da vítima.
Após o homicídio, os arguidos embrulharam o corpo da professora, colocaram-no na bagageira de uma viatura e deslocaram-se até um terreno agrícola onde, com recurso a gasolina, "atearam fogo ao cadáver", de acordo com a nota.
A investigação foi efetuada sob a direção do MP do Montijo, a Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária (PJ).
Desde aí, a arguida encontra-se no estabelecimento prisional de Tires enquanto o homem está no do Montijo, a aguardar julgamento.
Segundo a Polícia Judiciária de Setúbal, a professora foi encontrada morta a 05 de setembro, em Pegões, no Montijo, distrito de Setúbal, após ter sido agredida com um martelo e transportada para aquela zona, onde foi queimada.
O crime terá sido o culminar de desentendimentos frequentes entre a vítima, de 59 anos, professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, e a filha adotiva e o genro.
O mau relacionamento familiar entre a vítima e os dois arguidos remonta, pelo menos, a 2014, ano em que a PSP do Montijo terá sido chamada a casa da família por alegadas agressões da filha adotiva à professora.
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