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"Neto de Moura marcou a Justiça com um sinal de vergonha e ridículo"

8 de março, Dia Internacional da Mulher. Milhares de portuguesas saíram à rua para fazer ouvir as suas vozes naquela que é, desde o 25 de abril, talvez a fase mais negras da história para as jovens, adultas e idosas de Portugal: 12 mulheres assassinadas até aos primeiros dias de março, um número que representa metade dos feminicídios registados até novembro do ano passado.

"Neto de Moura marcou a Justiça com um sinal de vergonha e ridículo"
Notícias ao Minuto

23:55 - 08/03/19 por Patrícia Martins Carvalho

País Francisco Louçã

As manifestações desta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, foram as “maiores manifestações feministas da História de Portugal” e isso, aplaude Francisco Louçã, é sinónimo de que “talvez haja uma mudança a ocorrer na sociedade portuguesa” ao mesmo tempo que é uma “prova de grande maturidade democrática”, até porque as marchas de hoje foram “desenvolvidas predominantemente pelas gerações mais jovens”.

“A democracia tornou-se hoje mais madura. A ideia de que a mulher representa uma parte [ativa] da sociedade e que a igualdade é tão natural como respirarmos [é uma ideia que] vai fazer o seu caminho e que hoje deu um passo importante [nesse sentido]”, referiu.

Ao falar sobre a desigualdade de género, Francisco Louçã acabou por se referir ao polémico juiz Neto de Moura.

No seu habitual espaço de comentário na SIC Notícias – ‘Tabu’ – o antigo coordenador do Bloco de Esquerda acusou o magistrado de ter uma “noção do Direito marcada por preconceitos” e de ter uma “visão do seu próprio lugar de autoridade que o leva a pensar que não pode ser criticado”.

Francisco Louçã admite que “cada pessoa tem as suas ideias e a sua visão do mundo”. No entanto, o que não pode acontecer é um juiz “transformar essas visões particulares numa imposição de lei” porque a “justiça não discrimina e não ofende” e, Neto de Moura ao tomar as decisões que tomou baseadas nos seus valores pessoais, “marcou a Justiça com um sinal de vergonha e acrescentou o ridículo”.

Quanto à intenção do magistrado de processar políticos, jornalistas e humoristas que o criticaram, o economista não tem dúvidas de que Neto de Moura “só se pode queixar dele próprio” por “pensar que pode reduzir a liberdade de opinião” depois de os acórdãos por si assinados terem “provocado a indignação que provocaram”.

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