Polícia Marítima apreende 700 quilogramas de berbigão imaturo na Formosa
A Polícia Marítima de Faro apreendeu 700 quilogramas de berbigão ainda em crescimento, que estavam abandonados na ria Formosa, mas ainda foi possível devolver ao mar, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
© Reuters
País Ria
O berbigão tinha tamanho inferior ao legalmente permitido e encontrava-se disperso em 23 sacas, tendo sido apreendido numa das muitas operações que as autoridades marítimas têm realizado nos últimos dias para combater a captura ilegal de bivalves ou espécies ameaçadas, como cavalos-marinhos, na Ria Formosa, reserva natural protegida, referiu a AMN num comunicado.
"Foi ainda apreendido um arrasto de cintura, arte proibida na Ria Formosa, que se encontrava abandonada, tal como o berbigão, no sapal - Enxugadouro do Moinho, entre as instalações do Comando de Zona Marítima do Sul e o estaleiro 'Nave Pegos', em Faro", precisou a mesma fonte.
Esta é a segunda apreensão de berbigão imaturo que as autoridades conseguem fazer nos últimos dias na zona de Faro, depois de na segunda-feira a GNR ter anunciado que a Unidade de Controlo Costeiro de Olhão tinha apreendido no domingo, na zona de Faro, três toneladas de berbigão com tamanho inferior ao permitido e detido quatro pessoas.
O berbigão foi apreendido numa operação conduzida pelo subdestacamento de Olhão da Unidade de Controlo Costeiro e as quatro pessoas detidas estavam a transportar os 3.000 quilogramas de bivalve subdimensionado, adiantou na ocasião a GNR.
A apreensão foi realizada durante "uma fiscalização da pesca e da proteção de recursos marinhos" e os detidos, que têm idades entre os 17 e os 44 anos, foram alvo de quatro autos de contraordenação, que pode ser punida com coimas que têm um valor máximo de 37.409 euros.
A Unidade de Controlo Costeiro da GNR salientou que o berbigão, "além de não possuir o tamanho mínimo exigido para a sua captura/comercialização", não estava acompanhado do documento de registo de moluscos bivalves e não foi sujeito ao regime de primeira venda em lota.
A força de segurança referiu que, com este procedimento, os detidos pretenderiam "fugir à lota", evitando o pagamento de impostos.
O berbigão apreendido era da espécie "Cerastoderma edule", a mais comum em Portugal, e foi devolvido ao habitat natural "por se encontrar numa fase juvenil", indicou também a GNR.
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