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Estado paga formação de médicos que não ficam no SNS. "Não é justo"

A ministra da Saúde garante que o Governo está a estudar outras formas de reter os médicos para contrariar a tendência de emigração destes profissionais.

Estado paga formação de médicos que não ficam no SNS. "Não é justo"
Notícias ao Minuto

21:22 - 04/03/19 por Patrícia Martins Carvalho

País Marta Temido

Marta Temido foi entrevistada, esta segunda-feira, no programa de comentário semanal de Miguel Sousa Tavares, na TVI.

Questionada sobre se acha “justo” que os “contribuintes paguem 115 mil euros para formar um médico” que depois opta por não trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ministra foi perentória a responder: “Penso que não”.

E para alterar esta situação, Marta Temido disse que está “em cima da mesa uma proposta da lei de bases da Saúde que aponta como possibilidades outras linhas de retenção como a exclusividade e a manutenção dos recém-especialistas por algum tempo”.

Frisando que, ao longo da última legislatura, abriu mais de quatro mil vagas, mas que nem todas foram preenchidas porque “há profissionais que optaram por não ficar no SNS”, a ministra assegurou que reter estes profissionais é um “esforço” que é do seu “interesse melhorar”, reconhecendo, porém, que tem “limitações financeiras” para a concretização deste objetivo.

Quanto à diretriz que determina que as consultas com os médicos de família devam durar apenas 15 minutos, Marta Temido admitiu que está a ser feita uma análise que leva à conclusão que “provavelmente justificaria” um aumento destes tempos, mas ainda assim, sublinhou que “há outras formas de complementaridade na equipa de saúde familiar”.

Isto é, há utentes que podem não precisar de ser vistos por um médico e aqui entra uma maior “responsabilização” dos enfermeiros o que é algo que “já acontece em muitas unidades de saúde familiar”.

Por fim, Marta Temido disse ainda que “não está em cima da mesa rever a tabela salarial dos médicos”, tal como “não está em cima da mesa aumentar o salário dos enfermeiros”.

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