Violência doméstica: Governo quer decretar dia de luto nacional
A informação foi revelada, esta quarta-feira, pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
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País Notícias
A ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, que está a ser ouvida hoje no Parlamento - na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias - revelou que é intenção do Governo decretar um dia de luto nacional contra a violência doméstica.
"Esse dia é um dia em que nós devemos, não apenas homenagear as vítimas, não apenas solidarizarmo-nos com as famílias, mas também todos, coletivamente, renovarmos o nosso propósito de continuar este combate e de todos, coletivamente, podermos responder", explicou Maria Vieira da Silva citada pela agência Lusa.
Segundo a governante, a proposta será apresentada amanhã em sede de Conselho de Ministros e tudo leva a crer que será aprovada.
Desta forma, o dia 7 de março será de luto nacional por este flagelo que, só este ano, já tirou a vida a 11 mulheres e uma criança.
A data escolhida é a véspera do Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março.
Recorde-se que, o número casos de violência de homens para com mulheres registados só este ano levou o Governo a decidir-se pela criação de gabinetes de apoio às vítimas de violência doméstica nos Departamentos de Investigação e Ação Penal e, ao mesmo tempo, reforçar a articulação e cooperação entre forças de segurança, magistrados e organizações que trabalham na prevenção e combate a este flagelo.
O objetivo desta medida, explicou então o Executivo, é o de "aperfeiçoar os mecanismos de proteção da vítima nas 72 horas subsequentes à apresentação de queixa nos órgãos de polícia criminal".
Ao mesmo tempo foram divulgados os números de 2018 referentes a este crime. Segundo a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), no ano passado foram assassinadas 28 mulheres, mais oito do que no ano anterior.
O primeiro-ministro classificou os números de violência doméstica como "absolutamente intoleráveis", defendendo que "cada vida humana perdida num caso de violência doméstica é uma ofensa profunda à sociedade".
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