Enfermeiro do São João terminou greve de fome em frente ao Parlamento

O enfermeiro Duarte Gil Barbosa, que estava em greve de fome em frente à Assembleia da República, decidiu hoje terminar o protesto depois de o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) ter feito o mesmo.

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Lusa
22/02/2019 17:29 ‧ 22/02/2019 por Lusa

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Protestos

Em declarações à agência Lusa, o enfermeiro disse que decidiu "suspender a greve" de fome que tinha iniciado às 12:00, na escadaria do parlamento, em Lisboa.

"Não faz sentido eu continuar a greve de fome", uma vez que serão retomadas as negociações entre os enfermeiros e o Ministério da Saúde, afirmou, acrescentando que "essa também era a principal ideia" da iniciativa.

Duarte Gil Barbosa, que trabalha no Hospital São João, no Porto, começou hoje uma greve de fome em frente à Assembleia da República como "grito de revolta", e admitia juntar-se mais tarde ao presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, que protestava em Belém, em frente à residência oficial do Presidente da República.

Carlos Ramalho disse à agência Lusa que terminou hoje ao final da manhã a greve de fome que iniciou na quarta-feira, depois de receber um telefonema da ministra da Saúde garantindo que as negociações com os enfermeiros serão retomadas.

Apesar de o seu protesto ter durado apenas quatro horas, Duarte Gil Barbosa salientou que "a luta continua", até mesmo com recurso novamente a "situações extremas", caso seja necessário.

"Vamos ver o que as negociações vão dar agora no início de março, vamos ver se vamos chegar a bom porto, ou não", referiu, remetendo para "depois" uma decisão sobre os próximos passos.

O enfermeiro, com 22 anos de carreira, estimava permanecer em frente ao parlamento "durante 72 horas, até segunda-feira ao meio-dia", ou até que fosse "ouvido pelo primeiro-ministro".

De manhã, o enfermeiro especialista dizia que a retoma das negociações não era suficiente para si.

"Estamos cansados, estamos exaustos desta situação, e eu não vou abdicar da greve de fome enquanto não houver um compromisso claro do primeiro-ministro em que vai negociar verdadeiramente connosco, que não vai marcar faltas injustificadas aos colegas que estiveram em greve e que vai retirar todos os processos disciplinares que possam existir", assinalou na altura.

 

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