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"Demorou a entenderem a nossa posição, agora há que seguir em frente"

A organização do tempo do trabalho e a avaliação do desempenho dos enfermeiros são assuntos que vão estar em cima da mesa. Governo cedeu? "Agora, há que seguir em frente", diz ministra da Saúde.

"Demorou a entenderem a nossa posição, agora há que seguir em frente"
Notícias ao Minuto

14:29 - 22/02/19 por Melissa Lopes

País Ministra

Governo e sindicatos dos enfermeiros voltam à mesa das negociações nos primeiros dias do próximo mês, uma decisão do Ministério da Saúde que põe fim à greve de fome do presidente do Sindepor, Carlos Ramalho.

Desde o início das greves cirúrgicas a posição do Governo, do Ministério da Saúde, modificou-se relativamente àquilo que era a categoria de especialista, modificou-se relativamente a um conjunto de conteúdos funcionais que fazem parte da carreira, modificou-se relativamente a aspetos como a contagem dos pontos dos descongelamentos”, disse a ministra da Saúde, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao Hospital de São João. 

“Isso tudo foi discutido com os sindicatos na última reunião que tivemos, no dia 30 de janeiro, e as estruturas sindicais, sobre isso, entenderam que não era o bastante e decidiram empreender novas formas de luta”, recordou ainda, dando conta que há vários temas em cima da mesa a serem discutidos com os enfermeiros até porque "as negociações nunca estiveram suspensas" da parte do Governo.

“A proposta de carreira seguiu para publicação no boletim do trabalho e emprego e será agora objeto de discussão pública durante 30 dias”, afirmou Marta Temido, prosseguindo: "Os outros temas prendem-se com a organização do tempo do trabalho, a avaliação do desempenho e outros aspetos”.

A ministra sinalizou que o Governo sabe que há, por exemplo, especialistas que estão em desempenho de funções em várias unidades de saúde e que “não estão ainda com a sua posição acautelada”. “São matérias que nós vamos trabalhar e vamos resolver no mais curto prazo possível com o apoio das estruturas sindicais como sempre”, prometeu.

Questionada sobre a greve de fome de Carlos Ramalho, a responsável pela pasta da Saúde disse ter falado esta sexta-feira com o presidente do Sindepor mas não quis comentar aquilo que é um protesto pessoal que lhe merece respeito. “Manifestei a minha preocupação e dirige-lhe o apelo que dirigi a outros dirigentes por estes dias”, revelou.

Por fim, a ministra manifestou ainda estar convicta de que se aproximam tempos de ‘acalmia’ no braço de ferro entre Governo e enfermeiros, reconhecendo que o seu ministério tem sido foco de "muita reivindicação e discussão", mas garantindo estar a "fazer o melhor possível" para dar passos seguros e não por em causa o futuro das pessoas.

"Eu sei que o Ministério da Saúde tem sido foco de muita discussão e reivindicação, mas também sei que os profissionais sabem que o Ministério da Saúde está a fazer o melhor possível por dar passos seguros, que podem parecer pequenos, mas que não ponham em causa o futuro de todos nós e, isso, vai ser reconhecido", afirmou. 

“Tenho a convicção de que a profissão de enfermagem saberá entender os esforços que o Governo tem feito de se aproximar e a informação que temos é que no SNS o normal funcionamento nos blocos operatórios foi normalizado”, frisou. E do lado dos profissionais em greve, disse ainda a ministra, “compreendemos que as pessoas tenham demorado algum tempo a entender a nossa própria posição e agora há que seguir em frente”.

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