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Acolhimento de migrantes "é importante para o nosso país"

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, defendeu hoje que o acolhimento de migrantes tem vantagens para o país e que pode contribuir para a sustentabilidade demográfica e coesão territorial.

Acolhimento de migrantes "é importante para o nosso país"
Notícias ao Minuto

15:39 - 15/02/19 por Lusa

País Ministra

"Não estamos a receber as pessoas apenas pela nossa solidariedade internacional, estamos a recebê-las também porque isso é importante para o nosso país, para a sustentabilidade demográfica, para a coesão territorial, para o desenvolvimento económico e para a aprendizagem cultural", afirmou, no âmbito de uma deslocação que está a realizar ao Fundão, concelho do distrito de Castelo Branco que, em setembro de 2018, recebeu 19 pessoas que foram resgatadas no Mediterrâneo pelo navio 'Aquarius'.

Durante a visita, a ministra ficou a conhecer o antigo Seminário do Fundão, espaço que acolheu os migrantes, bem como a forma como está a ser implementado o programa de integração em colaboração com diversas entidades e que também já permitiu que os 18 acolhidos que ficaram no Fundão (um decidiu ir para outro país) tenham sido já todos inseridos no mercado de trabalho.

Uma resposta com "bons resultados", que passa agora a estar integrada no Gabinete de Inclusão e Diversidade Cultural, que foi hoje inaugurado por Maria Manuel Leitão Marques.

Na cerimónia, a governante também defendeu que as soluções de proximidade e de descentralização são as mais adequadas para responder ao desafio criado pelos movimentos migratórios, que classificou com um "dos problemas mais importantes que o mundo tem atualmente para resolver".

"O que temos é um problema global, mas que só pode ser resolvido com respostas de proximidade, de grande proximidade porque cada história de vida é uma história de vida", sublinhou, apontando o exemplo do Fundão e de outras autarquias.

Destacando que o processo de acolhimento a nível nacional já envolve 99 municípios, Maria Manuel Leitão Marques reiterou que o sucesso que Portugal tem tido neste âmbito passa exatamente pelo envolvimento local e pela descentralização que foi adotada no acolhimento destas pessoas.

"Para ter esta resposta de proximidade, não a podemos dar na capital. Por muito importantes que sejam as respostas que lá temos", acrescentou.

Acompanhada pela secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Rosa Marques, a ministra visitou ainda duas empresas (uma de eletricidade e outra de confeções), que estão entre as que deram emprego a estas pessoas.

Posteriormente, a governante inaugurou o Espaço Empresa, que é um dos primeiros 20 criados a nível nacional e que é uma espécie de Balcão do Cidadão que integra todas as respostas destinadas a empresas.

Na agenda estava ainda inscrita a inauguração do Balcão Único Municipal e do Gabinete para a Igualdade e Apoio à Vítima, bem como uma visita à aula da Academia de Código, projeto de formação intensiva que visa reconverter profissionais de vários setores para a área da computação e informática e que conta com o apoio do Portugal Inovação Social.

Instalado no Fundão numa iniciativa municipal que está integrada na estratégia de atração de empresas tecnológicas e na capacidade de oferta de mão-de-obra qualificada, o projeto tem alcançado taxas de empregabilidade muito elevadas e conta ainda com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Associação Shared Services & Outsourcing Platform.

Durante a tarde, Maria Manuel Leitão Marques desloca-se para a cidade vizinha da Covilhã, onde será realizada a assinatura do novo protocolo de territorialização da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica.

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