Leonor Cipriano sobre confissão: "Se arrependimento matasse estava morta"

A mãe de Joana Cipriano, a menina que em 2004 desapareceu no Algarve, diz estar arrependida de ter confessado ter assassinado a menina. Não atribui diretamente culpas ao seu irmão, mas "não quer nada com ele". Não vai pedir revisão do processo, apesar de se queixar de ter sido presa sem provas.

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Notícias Ao Minuto
07/02/2019 14:05 ‧ 07/02/2019 por Notícias Ao Minuto

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À saída da prisão, Leonor Cipriano disse esta quinta-feira não querer relacionar-se com o seu irmão, apesar de não querer, diretamente, atribuir-lhe culpas no desaparecimento da filha.

“Não quero nada com ele. Porque dei-lhe casa e se não lhe tivesse dado casa, se calhar a minha filha não tinha desaparecido”, referiu em declarações à TVI, reforçando que a própria não tem “nada a ver” com o desaparecimento de Joana.

Questionada sobre o facto de ter confessado, ao longo do processo, que tinha assassinado a filha, tendo inclusive dado indicações onde estaria o corpo (que lhe valeram uma condenação por falsas declarações), Leonor Cipriano justificou:

“Torturaram-me tanto, deixaram-me toda roxa de tanta porrada que me deram que cheguei a um ponto em que já não sabia o que estava a dizer, já não dizia coisa com coisa”.

Leonor Cipriano admitiu que sim, que confessou ter assassinado a filha, mas diz estar arrependida de o ter feito, uma vez que, como alega, não matou Joana.

“Com a porrada que levei, disse [que a matei]. Mas se o arrependimento matasse, hoje era uma pessoa morta. Mas não fiz [mal à filha]. E tenho a cabeça erguida e vou sair daqui e sei que não o fiz. Vou a todo o sítio que eu poder ir, vou à procura da minha filha, hei-de encontrá-la, nem que seja não sei onde. Porque até hoje nunca tiveram provas, não encontraram a minha filha e meteram-me aqui dentro, sem provas sem nada”, disse. 

Apesar disso, Leonor Cipriano não vai pedir uma revisão do processo, deixando “tudo como está”. “Vou trabalhar e fazer a minha vidinha”.

 

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