Saúde a 'ferro e fogo'. Marcada nova greve dos Técnicos de Diagnóstico
Na origem desta decisão estão declarações do Ministério da Saúde descritas pelo sindicato como sendo "enganosas e irreais".
© Global Imagens
País Carreira
O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica (STSS) convocou, para o dia 21 de fevereiro, uma nova greve e manifestação nacional.
Esta ação de protesto surge na sequência das declarações do Ministério da Saúde que o sindicato considera “enganosas e irreais” e que dizem respeito às posições remuneratórias dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.
Em comunicado, o STSS explica que não corresponde à verdade a “ideia de que 5.500 técnicos do setor vão passar a ganhar 1.200 euros mensais, o que equivale a mais 180 euros do que ganham atualmente”.
“Os valores avançados não correspondem só ao diploma agora promulgado. Efetivamente, os hipotéticos 180 euros que o Ministério refere de acréscimo e que terão um impacto anual de 7,5 milhões de euros nos cofres do Estado estão relacionados também com o reposicionamento e descongelamento salarial aplicados a toda a função pública e não à aplicação deste diploma em específico”, lê-se na nota enviada às redações.
No mesmo documento, o presidente do sindicato sublinha que os valores que estão em causa “são verbas que o Estado efetivamente não pagou aos profissionais durante uma década”, alertando para o facto de que os “números avançados pelo Ministério só revelam as injustiças que este diploma irá agravar ainda mais”.
Luís Dupont diz ainda que o “atual diploma vai perpetuar esta discriminação, com a aplicação de regras de transição para a nova carreira que não colocam TSDT em todas as categorias, e de uma grelha salarial que não permite um desenvolvimento salarial igual ao de outras carreiras na Administração Pública”.
Desta forma, acusa o sindicalista “97% dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica vão para a base da carreira, independentemente de terem começado a trabalhar no dia 1 de janeiro ou terem uma carreira de 20 anos e 75% dos profissionais vê o seu passado de trabalho e dedicação ao Serviço Nacional de Saúde apagado sem respeito”.
Face ao exposto, o sindicato convoca uma greve e manifestação nacional para o dia 21, com esta última a realizar-se em frente à Assembleia da República.
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