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Arguidos do Turismo Porto e Norte mantêm-se em funções

Os funcionários da Turismo Porto e Norte que são arguidos no âmbito da investigação policial Operação Éter vão manter-se nas mesmas funções diretivas, porque as medidas de coação o permitem, disse à Lusa o novo presidente da entidade.

Arguidos do Turismo Porto e Norte mantêm-se em funções
Notícias ao Minuto

07:10 - 05/02/19 por Lusa

País Operação

"As pessoas que foram suspensas de funções obviamente não poderão estar aqui, que é isso que decorre da pena. As que estão apenas como arguidas, mas a quem as autoridades permitiram trabalhar continuarão a trabalhar", disse à Lusa Luís Pedro Martins, que toma hoje posse do cargo de presidente da Comissão Executiva da Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP).

Para além do ex-presidente Melchior Moreira, que foi detido a 18 de outubro pela Polícia Judiciária e está a aguardar julgamento em prisão preventiva, no âmbito da investigação Operação Éter foram detidos outros funcionários da TPNP, designadamente Isabel Castro, diretora operacional e suspensa de trabalhar, Gabriela Escobar, jurista naquela entidade, João Agostinho, empresário de Viseu e Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana).

Luís Pedro Martins acrescentou que há quatro funcionários arguidos no âmbito da Operação Éter que não foram suspensos pelas autoridades e que "merecem total confiança", mantendo-se para já nas funções diretivas que desempenhavam até serem constituídos arguidos.

O novo presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, eleito a 18 de janeiro na sequência de prisão preventiva do seu antecessor Melchior Moreira, garante que dará "obviamente toda a colaboração a quem está no terreno a investigar" e responderá a "tudo aquilo que lhe for pedido e solicitado no âmbito da Operação Éter".

"Em relação ao dia-a-dia na entidade [de Turismo TPNP], não vale a pena esconder que há algum mau estar, alguma desmotivação por parte das pessoas", observou Luís Pedro Martins, assegurando, todavia, que independentemente de haver ou não uma investigação policial em curso, a sua prática deixa-o descansado porque vai atuar com "transparência total".

"Independentemente de haver agora, ou não, uma investigação policial, aquela que será a minha prática deixa-me perfeitamente tranquilo, porque defende a transparência total em todos os processos" e a "observância total da lei", acrescentou o novo presidente da TPNP, eleito para um mandato de cinco anos, alegando que a partir do momento em que é o presidente, acredita que os seus colaboradores irão fazer o que ele "determinar e da forma que determinar".

Na entrevista que deu à agência Lusa, Luís Pedro Martins sublinhou que o seu "primeiro objetivo será reorganizar a entidade e voltar a trabalhar a sua credibilidade" junto de todos os 86 municípios e agentes turísticos da região e "pôr em prática o projeto que é baseado em alguns pilares", como a "humanização da política de turismo", ou seja, orientar os vetores da competitividade do destino Norte para haver uma grande partilha dos "benefícios e das responsabilidades de cada um" para a inovação dos processos, serviços, organizações que estão no terreno alicerçada no conhecimento e inovação.

"O que eu quero é que haja uma definição de programas e de produtos e de serviços que rentabilize da melhor forma a oferta e que também desenvolva os recursos humanos da região", concluiu.

A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da TPNP está agendada para hoje, a partir das 17:00, no Forte Santiago da Barra, em Viana do Castelo, e prevê-se a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

Da equipa de Luís Pedro Martins faz parte o vice-presidente Inácio Ribeiro (PSD), ex-presidente da Câmara de Felgueiras, e o vogal Vítor Paulo Pereira, presidente da Câmara de Paredes de Coura.

As eleições do passado dia 18 de janeiro foram antecipadas na sequência da detenção e prisão preventiva do anterior presidente da TPNP, Melchior Moreira, no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária designada por Operação Éter, onde se está a investigar uma alegada viciação de procedimentos de contratação pública naquela entidade turística.

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