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"Vive melhor o enfermeiro sem o médico do que o contrário"

A presidente da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros garante que existem “injustiças relativas” no setor da Saúde no que aos enfermeiros diz respeito.

"Vive melhor o enfermeiro sem o médico do que o contrário"
Notícias ao Minuto

21:58 - 04/02/19 por Patrícia Martins Carvalho

País Lúcia Leite

Lúcia Leite foi a convidada, desta segunda-feira à noite, de Miguel Sousa Tavares no seu espaço habitual de comentário na antena da TVI.

A presidente da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros admitiu que os 500 milhões de euros anuais provenientes das exigências feitas pelos enfermeiros é “muito dinheiro”.

No entanto, frisou que essa é apenas uma “base negocial” e, portanto, o valor pode descer consideravelmente na mesa de negociações com o Governo.

Ainda assim, Lúcia Leite refere que o “país tem dinheiro para muitas coisas” e assegura que este valor criticado “tem sido sonegado aos enfermeiros nos últimos anos”, frisando que “há mais de 15 anos que não há qualquer aumento salarial para os enfermeiros”.

Em 2009 o PS arrasou com a carreira dos enfermeiros que tinha cinco categorias e passou a ter uma – a primeira que é a que tem o salário mais baixo

Ao longo da conversa com Miguel Sousa Tavares, a comparação entre enfermeiros e médicos foi inevitável e a responsável sindical mostrou não ter dúvidas de quem precisa mais de quem. “Um enfermeiro vive melhor sem um médico do que o contrário”.

Questionada sobre as consequências que a greve - que vai durar até dia 28 deste mês - tem na vida dos pacientes, Lúcia Leite lamentou os inconvenientes causados pela paralisação, mas garantiu que os enfermeiros estão a “limpar a lista de espera de todos os doentes oncológicos”.

“O que tenho para dizer aos pacientes é que eu queria que o SNS trabalhasse, como está a trabalhar na greve, o ano todo. Estamos a limpar a lista de espera de todos os doentes oncológicos [e o SNS] está a exigir a organização dos serviços de forma a ocupar os tempos operatórios todos”, afirmou.

E para concluir colocou uma questão: “A maior parte dos doentes espera um ano ou dois por cirurgias e agora não acha de alguma hipocrisia estar a exigir aos enfermeiros em greve que cumpram os tempos de resposta máxima garantida que o SNS não cumpre durante o funcionamento normal?”.

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