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Polícia angolana confirma assassinato de empresário português

A polícia angolana confirmou hoje que a morte do empresário português que residia em Malanje, capital da província homónima, foi provocada por "meliantes não identificados", que lhe desferiram "vários golpes na cabeça com objetos contundentes".

Polícia angolana confirma assassinato de empresário português
Notícias ao Minuto

18:25 - 03/02/19 por Lusa

País Crime

Segundo o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Malanje, Lindo Ngola, a morte de Adérito Florêncio Tété, que aconteceu dentro da sua própria residência, está a ser considerada como um "homicídio qualificado" praticado por "elementos não identificados".

Lindo Ngola sublinhou que o SIC acionou vários mecanismos e diligências para identificar os autores e saber dos motivos que estiveram na base do crime.

O porta-voz policial precisou que não há sinais de arrombamento nem de furtos na residência, tendo a polícia tomado conhecimento da situação através da denúncia de uma pessoa próxima à vítima, depois de não conseguir contactá-la e de encontrar a sua viatura com as portas abertas e chaves na ignição na via pública.

De acordo com a fonte, cuja identidade não foi revelada, o empresário tinha o telefone desligado e a residência devidamente encerrada, o que causou alguma suspeita, daí ter havido comunicação à polícia, que descobriu o cadáver no interior da casa.

Adérito Florêncio Tété, 85 anos, natural de Trás-os-Montes e residente em Angola há mais de seis décadas - a polícia admite ter dupla nacionalidade, mas ainda não o confirmou -, foi encontrado hoje morto em casa, com o SIC a admitir, ainda de manhã, poder tratar-se de um assassinato, disse à agência Lusa um funcionário das empresas da vítima.

Segundo Fernando Carvalho, técnico de contas do Restaurante Capri e da Tété e Gouveia Limitada, Adérito Florêncio Tété foi encontrado no quarto da sua residência, tendo, "aparentemente", sido agredido por desconhecidos com uma tábua de lavar roupa à mão.

A Lusa está a tentar contactar o Consulado Geral da Portugal em Angola, mas até agora sem sucesso.

Segundo Fernando Carvalho, a vítima, bem conhecida em Malanje, tinha rotinas diárias no restaurante Capri, de que era proprietário, sendo costume deixar o estabelecimento por volta das 23:00, após fechar a caixa, transportando, depois, a responsável por essa função à residência, a caminho de casa.

"[Sábado à noite], houve muita afluência [no restaurante] e acabaram por sair só cerca da 00:30/01:00. Pelo que se sabe, deixou a funcionária em casa dela, como de costume, e terá seguido para casa. O alerta foi dado porque, hoje, Tété não apareceu, tal como era usual, às 05:30, nem às 06:00, nem às 07:00. Foi uma pessoa a casa dele e encontrou-o morto", contou o contabilista à Lusa.

No seu entender, a 'tese' de roubo da receita de sábado à noite no restaurante não faz sentido, uma vez que todo o dinheiro é guardado num cofre dentro do estabelecimento, "embora possa fazer sentido se os alegados autores não o soubessem".

A viúva do empresário, atualmente em Portugal, chega a Angola na manhã de segunda-feira, disse à Lusa Fernando Carvalho.

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