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Prisão preventiva para detidos em apreensão de 3,3 toneladas de cocaína
Os 11 detidos durante uma operação de combate ao tráfico de droga em alto-mar, que permitiu aprender mais de 3,3 toneladas de cocaína, avaliada em cerca de 170 milhões de euros, ficaram em prisão preventiva, foi hoje anunciado.
© iStock
País Crime
Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), os 11 detidos, estrangeiros, foram presentes ao juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório, com "fortes indícios" da prática de crimes de tráfico de estupefacientes agravado e de adesão a associação criminosa.
"De acordo com os indícios, os arguidos dedicavam-se, de forma organizada e por via marítima, à importação e transporte para a Europa, com passagem por Portugal, de produtos estupefacientes (cocaína), com vista à sua comercialização", refere a PGDL em comunicado.
O documento acrescenta que foram abordados em águas territoriais portuguesas pela Polícia Judiciária, com auxílio da Marinha Portuguesa, próximo do território continental, tendo sido efetuadas buscas que permitiram apreender "82 sacos serapilheira contendo cocaína, com o peso bruto total estimado de cerca de 3382,500 quilogramas".
"Aos 11 arguidos foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva, na sequência de pedido formulado pelo Ministério Público, por existirem fortes indícios dos crimes imputados aos arguidos, perigo de fuga, de perturbação do inquérito e perigo de continuação da atividade criminosa", refere a PGDL, explicando que o processo se encontra em segredo de justiça.
Além da apreensão da droga proveniente de um país da América Latina, foi também apreendido um rebocador de alto-mar registado no Panamá, que terá efetuado o transporte da droga durante grande parte dos percursos.
Alguns dos 11 detidos, a maioria dos quais de países da Europa de Leste, já têm antecedentes criminais pela prática de diversos crimes relacionados com o tráfico de estupefacientes.
Segundo o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária, Artur Vaz, a droga apreendida, em elevado grau de pureza, poderia render cerca de "50 euros a grama" nos países do sul da Europa, mas, "nos países nórdicos, esse valor poderia ascender a cerca de 200 euros a grama".
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