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Costa diz que planos de contingência poderão "envolver diferentes graus"

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o plano de contingência para a Venezuela poderá "envolver diferentes graus" consoante a situação no terreno, mas a "primeira prioridade" é "garantir a segurança dos portugueses".

Costa diz que planos de contingência poderão "envolver diferentes graus"
Notícias ao Minuto

16:08 - 01/02/19 por Lusa

País Comunidade

"O plano de contingência poderá envolver diferentes graus em função da situação concreta existente no terreno, podendo no limite haver situações de evacuação que sejam necessárias", precisou o chefe do executivo no decorrer de uma visita a Mogadouro, no distrito de Bragança.

António Costa adiantou que os canais "estão todos estabelecidos, devidamente organizados, articulados com os países da região, de forma a que, se for necessário, aconteçam da forma mais segura, mas rápida e tranquila possível", frisou o primeiro-ministro.

Questionado por uma jornalista quanto a uma eventual "intervenção militar", António Costa chegou a gracejar: "Pergunta se vamos invadir a Venezuela? Não, não vamos invadir a Venezuela".

Costa sublinhou que a "primeira prioridade" do Governo de Lisboa "é, naturalmente, preservar e garantir a segurança dos portugueses que vivem na Venezuela".

Portugal está a trabalhar nesse cenário através do reforço das instâncias e das permanências consulares, mas também das deslocações regulares do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, à Venezuela.

O importante agora é, segundo o primeiro-ministro, assegurar uma "total isenção e imparcialidade na realização de novas eleições".

"Vamos deixar, como gente de palavra, que o prazo dado [ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para convocar novas eleições] seja cumprido e na sequência disso serão tomadas as ações devidas e, aliás, já previamente anunciadas", declarou, numa referência ao reconhecimento de Juan Guaidó como Presidente interino com responsabilidade para conduzir o país a um novo sufrágio.

Quanto à necessidade de o executivo acionar os meios para retirar os portugueses, António Costa assegurou que isso acontecerá se, "num cenário indesejável", se tornar necessário.

O chefe do Governo português disse, contudo, "confiar que a segurança dos portugueses possa continuar a existir" para os que quiserem continuar a residir na Venezuela.

"Continuaremos a acolher todos aqueles que entendam que é em Portugal que devem prosseguir as suas vidas", salientou.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Após a sua autoproclamação, Guaidó, de 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. Também anunciou uma amnistia aos militares e funcionários públicos que "colaborarem com a restituição da democracia".

Nicolás Maduro, de 56 anos, chefe de Estado desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento, no qual a oposição tem maioria, como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos da América.

A repressão dos protestos antigovernamentais da última semana provocou pelo menos 40 mortos, de acordo com dados das Nações Unidas.

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