Trotinetes à noite? "Isto ultrapassa todos os limites da insegurança"
O deputado Assembleia Municipal do PSD, António Prôa, acusa a Câmara Municipal de Lisboa de não colocar regras na utilização destes veículos elétricos.
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País Lisboa
O horário de utilização de trotinetes em Lisboa foi, esta terça-feira, alargado para a noite. Ou melhor. A partir de agora, os veículos elétricos da startup norte-americana Lime passam a estar disponíveis, na capital, 24 horas por dia para os utilizadores, o que não acontecia até agora.
Perante esta notícia, as críticas não se fizeram esperar. E se muitos já se insurgiam contra a falta de regras na utilização de trotinetes, tanto na sua utilização como no seu estacionamento, esta novidade só veio atirar mais 'achas para a fogueira'.
António Prôa é uma dessas vozes críticas. O deputado municipal do PSD, que é também presidente da Comissão de Transportes, Mobilidade e Segurança da Área Metropolitana de Lisboa (AML), acusa a Câmara Municipal de “não disciplinar os locais de circulação, não promover a utilização prudente e não impor regras para o estacionamento e circulação” das trotinetes que invadiram a capital nos últimos meses.
“Isto está a ultrapassar todos os limites da insegurança, da irresponsabilidade e do simples bom senso. Se a utilização de trotinetes durante o dia colocam problemas que são de todos conhecidos, a sua utilização à noite é, absolutamente, precipitada e coloca graves riscos de segurança”, afirma.
Apesar de o social-democrata assumir que “este modo de transporte é útil”, garante que “não pode ficar à margem de regras de segurança”. “Importa impor, com urgência, regras e limites de modo a devolver a segurança e tranquilidade na cidade antes que se verifique um acidente grave”, frisa.
Além da falta de regras estabelecidas pela autarquia, António Prôa contesta também a forma “imprudente e abusiva” como as pessoas utilizam as trotinetes.
“Trotinetes deixadas onde calha, circulando em cima do passeio e no meio da estrada muitas vezes com dois ocupantes e mais vezes ainda sem idade legal para o fazerem, colocando em causa a segurança dos próprios, dos peões e até dos automóveis”, denuncia.
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