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Ministro defende cursos curtos e estreita cooperação com empregadores

O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, defendeu hoje cursos curtos e uma estreita cooperação com os empregadores como estratégia sobretudo para os politécnicos, num simpósio sobre internacionalização e competitividade, a decorrer em Bragança.

Ministro defende cursos curtos e estreita cooperação com empregadores
Notícias ao Minuto

16:14 - 29/01/19 por Lusa

País Ensino Superior

O ensino tradicional nunca terminará, realçou o ministro, defendendo que "tem é de ser complementado com novas práticas e cada vez mais adaptar o processo de ensino à aprendizagem chamada ativa".

"Hoje os estudantes têm acesso a muita informação e, por isso, o papel critico das instituições de ensino superior será sempre mais criar mentes criativas, estabelecer o diálogo, cada vez mais um contexto de criação que só pode ser feito se o ensino, a investigação e a inovação estiverem em estreita articulação com as empresas", preconizou.

Para o governante, "criar emprego requer quadros qualificados, as empresas procuram e precisam de quadros qualificados e o papel do ensino superior em articulação cada vez mais estreita com as empresas é a única solução" e "requer também, do lado das instituições do ensino superior, nomeadamente dos politécnicos, a adaptação da oferta formativa, sobretudo através de formações curtas".

Manuel Heitor defendeu que "a experiência que os politécnicos trouxeram para Portugal das formações curtas iniciais, os cursos técnicos, é hoje crítico também estender-se aos adultos e à pós-gradução".

"E esse é um processo que só pode ser feito com os empregadores", salientou.

O ministro lembrou que, nos últimos 20 anos, após a declaração de Bolonha, Portugal multiplicou por quatro a mobilidade de estudantes, criou as formações curtas, e multiplicou por cinco a formação pós-graduada.

"Internacionalizar é também empregar mais e essa é cada vez mais a responsabilidade do ensino superior porque as nossas empresas trabalham em mercados globais e, por isso, estudar no ensino superior é também aprender culturas, práticas que vão para além de Portugal", acrescentou.

O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, presente também no simpósio, em Bragança, referiu-se ao percurso que estas instituições têm feito na estratégia de internacionalização e atração de estudantes.

Uma estratégia concertada, como afirmou, com o desenvolvimento de programas em língua inglesa nas instituições e participações conjuntas em eventos internacionais.

"Os politécnicos são aqueles que em termos percentuais têm revelado maiores percentagens de estudantes estrangeiros nas suas instituições, criando verdadeiras comunidades internacionais", enfatizou.

O presidente do CCISP referiu ainda a capacidade destas instituições "de criar valor para as regiões", anunciando que isso será demonstrado em dois estudos em fase de finalização e que serão apresentados nos meses de fevereiro e março, que envolveram 13 politécnicos portugueses.

Uma parceria que insere na estratégia defendida pelo ministro do Ensino Superior é a oficializada hoje entre os institutos politécnicos e o grupo privado Sonae, que vão trabalhar em conjunto na qualificação de recursos humanos, através de estágios, e em projetos de investigação.

O grupo tem 35 mil colaboradores com necessidades específicas de formação que vão ser ajustadas com os politécnicos, a quem abrirá as portas para estágios de jovens e adultos qualificados nestas instituições, com as quais vai também intensificar projetos de investigação em diferentes áreas.

Uma das medidas da parceria será usar as lojas do grupo espalhadas para fazer uma campanha "a comunicar às famílias portuguesas o quando é importante dar continuidade aos estudos e evoluir para o ensino superior, independentemente da idade".

A formação adequada às necessidades é o desafio nos 40 anos do ensino politécnico português com outras iniciativas em curso a nível nacional como a segunda edição do programa em conjunto com o Instituto de Emprego e Formação Profissional que vai permitir requalificar 1.500 desempregados para as áreas digitais em cursos curtos de seis meses, que vão arrancar em setembro.

O presidente do CCISP encara esta iniciativa como uma oportunidade para "muitas pessoas que estão desempregadas em áreas que têm pouca empregabilidade, passarem a ter essa requalificação para poderem ser empregáveis".

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