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"Queremos mesmo chegar a 2030 com 80% da energia de fontes renováveis”

Governo quer duplicar os incentivos às energias renováveis, nomeadamente a solar e a eólica, por forma a que o país chegue a 2030 com 80% da energia gerada a partir de fontes renováveis. Quanto à água, será mais usada para outros fins do que a produção de energia. Porquê?

"Queremos mesmo chegar a 2030 com 80% da energia de fontes renováveis”
Notícias ao Minuto

11:34 - 28/01/19 por Melissa Lopes

País Ambiente

O ministro do Ambiente reafirmou os objetivos de Portugal de chegar a 2030 com 80% da energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis e que, para isso, o país tem de "duplicar a capacidade” de assegurar condições para esse investimento.

João Matos Fernandes falava aos jornalistas no âmbito da apresentação do Plano Nacional Energia-Clima 2030, que prevê como medida a duplicação nos incentivos das energias renováveis, nomeadamente a eólica e a solar.

No que diz respeito à energia hídrica, o governante explicou que “numa perspetiva de sermos neutros em carbono em 2050 – e também numa expectativa que temos de que por muito que façamos as alterações climáticas estão aí – é de supor que a partir de 2030 nós tenhamos menos água para poder gerar energia elétrica e, por isso, ela terá de ser destinada para outros fins”.

Por outro lado, prosseguiu o ministro, “na [energia] eólica e sobretudo na solar, temos de facto um grande caminho para andar”.

“Queremos mesmo chegar a 2030 com 80% da energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis”, frisou, acrescentando que “para isso, temos que duplicar a capacidade que hoje temos e temos de assegurar condições para que esse investimento – que é um investimento de privados, não do Estado – tenha condições para se poder concretizar”.

João Matos Fernandes referiu-se à necessidade de fazer ‘sair do papel’ as licenças que já existem, ou seja, “a necessidade de transformar em projetos concretos as licenças que foram emitidas”.

“Temos de ser muito firmes na garantia de que os investimentos que estão licenciados se cumpram”, sublinhou, notando que se se conseguisse concretizar - “num passo de mágica” - as licenças que hoje existem na energia solar, “daríamos um salto muito grande” no caminho até à meta traçada.

“Por isso é que vamos mesmo avançar com os leilões”, justificou. Explicando de seguida: “Isto é, leilões que garantam, por um lado, uma tarifa fixa a projetos de menor dimensão que estão encalhados porque não conseguem financiar-se, e, por outro lado, leilões que definam a geografia de projetos de maior dimensão”. Estes últimos são projetos que “não precisam dessa tarifa fixa para avançar, querem arriscar apenas a partir do mercado”, completou.

Por fim, ressalvou João Matos Fernandes, o que nós não podemos ter é uma rede de transporte de energia elétrica que não seja coincidente com os sítios onde essa energia elétrica é produzida. “E para isso tem de haver aqui um exercício de planeamento que estamos a concluir agora”, adiantou.

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