"É errada a generalização de casos específicos", alerta Marcelo
O Presidente da República comentou, pela primeira vez, os incidentes que têm marcado a atualidade nos últimos dias e que envolveram agentes da PSP e moradores do Bairro da Jamaica.
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País Presidência
Depois de ter recebido Arlindo Oliveira, no âmbito do programa 'Cientistas no Palácio de Belém', o chefe de Estado comentou, pela primeira vez, os distúrbios entre a Polícia de Segurança Pública (PSP) e moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal. A mensagem que Marcelo quis transmitir a todos foi clara: "Não generalizar".
Num Estado de Direito Democrático, explicou, "o que deve acontecer foi o que aconteceu", nomeadamente "a abertura de um inquérito pelo Ministério Público para apurar se há ou não comportamentos criminalmente censuráveis".
Simultaneamente, torna-se imperioso, no seu entendimento, "não generalizar [os acontecimentos], ainda que venham a ser apurados casos criminalmente censuráveis". Mesmo que provados tais comportamentos, "isso não significa que seja legítimo generalizar em relação às comunidades, que têm papel importante e estão integradas, nem relativamente a forças de segurança que dão um contributo muito importante ao Estado de Direito democrático".
O Presidente Marcelo lembrou ainda, nestas declarações aos jornalistas, que atravessamos um período pré-eleitoral e "estes factos entram no debate", mas espera o chefe de Estado "que haja a noção de que não há, do ponto de vista da democracia, nada que seja excecionalmente positivo em generalizar comportamento isolados ou pontuais no quadro do debate político".
Quando questionado em relação a possível violência racial ou a ataques às forças de segurança, Marcelo Rebelo de Sousa optou por direcionar o seu discurso para o facto de "haver situações específicas que estão a ser objeto de intervenção do Ministério Público e muito bem".
Mas até ser apurada a verdade, reforçou o Presidente da República, não se deve "generalizar em relação a comunidades ou a instituições importantes para a defesa do Estado; isso parece-me que não faz sentido".
[Notícia atualizada às 17h30]
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