Soflusa afirma que prioridade é ter todos os navios "a funcionar"
A presidente da Soflusa, Marina Ferreira, garantiu hoje que os navios da empresa são "dos melhores que há no mercado" e que a prioridade, para resolver os atrasos e supressões, é ter toda a frota "a funcionar".
© Global Imagens
País Setúbal
"O fundamental na Soflusa, neste momento, é conseguir ter os navios todos a funcionar, porque infelizmente existem situações muito difíceis do ponto de vista dos estaleiros. Os navios da Soflusa, por serem tão bons, exigem um tratamento mais profundo do que os da Transtejo e temos navios que estão parados há imenso tempo, isso é que é a nossa prioridade, verificar o que podemos melhorar porque os navios não podem ficar tanto tempo nos estaleiros", revelou à Lusa Marina Ferreira.
Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou o plano de renovação da frota da Transtejo, que faz as ligações fluviais entre Seixal, Montijo, Cacilhas, Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, com a compra de dez novos barcos.
Já na terça-feira, o PSD de Setúbal acusou o governo de, com esta medida, estar a adiar a resolução de problemas da Soflusa, que tem "supressão de carreiras sem aviso prévio, embarcações sobrelotadas e atrasos constantes que causam grandes constrangimentos".
Contudo, para Marina Ferreira, esta comparação não faz sentido, uma vez que as embarcações da Transtejo são mais antigas.
"Não tem nada a ver uma coisa com a outra, os navios da Transtejo são muitíssimo mais antigos do que os da Soflusa. Na Soflusa temos navios com 15 anos e na Transtejo com 40 anos. Neste momento isso não é assunto. Não vamos deitar fora os navios novos para comprar outros novos. Os da Transtejo são antigos e alguns já nem correspondem às atuais normas ambientais e por isso não tem paralelo. Os navios da Soflusa são dos melhores que há no mercado", garantiu.
Esta foi a mesma explicação dada pelo secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, que em declarações à Lusa referiu que a Soflusa "tem uma frota mais recente, os seus navios ainda estão no período útil de funcionamento e operam com eficácia".
De acordo com o governante, o concurso para a Transtejo será lançado nas próximas semanas e tem um investimento de 57 milhões para a aquisição dos barcos e mais cerca de 33 milhões para a "grande manutenção", sendo um "investimento global que será na ordem dos 90 milhões de euros".
Os novos catamarãs, com capacidade para transportar entre 400 e 450 passageiros, serão movidos a gás natural, estimando-se uma diminuição para metade das emissões de dióxido de carbono, uma descida de mais de cinco mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
Segundo uma resposta enviada à agência Lusa pela administração da Transtejo e Soflusa, as duas empresas registaram 2.500 reclamações de passageiros em 2018, um ano marcado pela contestação dos utentes, devido a atrasos e supressões, e em que a frota registou uma taxa de operacionalidade de 55%.
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