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Sindicatos de enfermeiros com baixas expectativas para reunião de hoje

O Governo e os sindicatos de enfermeiros retomam hoje as negociações, incluindo as duas estruturas sindicais que têm prevista uma nova greve de longa duração em blocos cirúrgicos em vários hospitais.

Sindicatos de enfermeiros com baixas expectativas para reunião de hoje
Notícias ao Minuto

06:21 - 17/01/19 por Lusa

País Protestos

Na quarta-feira, os sindicatos dos enfermeiros assumiram que têm baixas expectativas para a reunião de hoje com o Governo e avisam que ou avançam efetivamente as negociações ou avança a "greve cirúrgica".

Lúcia Leite, presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), uma das estruturas que marcou a greve, sublinhou que a reunião "não tem agenda" e disse que "o Governo não tem estado objetivamente a negociar".

A ASPE recordou que uma nova greve cirúrgica em sete hospitais do país deveria ter começado na segunda-feira, prolongando-se até ao fim de fevereiro, mas foi suspensa até hoje, dia da reunião com o Governo.

Pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor), a outra estrutura que convocou a greve, Carlos Ramalho disse apenas ter a certeza de que os sindicatos se vão "confrontar com uma reunião política" e avisou: "Ou há avanços nas negociações ou há greve".

Os dois sindicatos reclamam a criação de uma carreira de enfermagem que contemple três categorias, uma delas de enfermeiro especialista, a antecipação da idade da reforma para os 57 anos e a revisão da grelha salarial com aumento do ordenado base.

Na sexta-feira, o Governo reuniu-se com os sindicatos de enfermeiros, reunião que resultou em algumas cedências aos profissionais - como a criação da categoria de enfermeiro especialista e o descongelamento das progressões na carreira - mas não em todas as reivindicações sindicais, que exigem também aumentos salariais e a antecipação da idade da reforma.

No mesmo dia, a ministra da Saúde, Marta Temido, advertiu que o Governo tem "linhas vermelhas" nas negociações com os enfermeiros, porque não pode pôr em causa a "sustentabilidade financeira" de Portugal e tem de tratar com equidade todas as profissões.

Através de um movimento de profissionais denominado "Movimento Greve Cirúrgica", os enfermeiros conseguiram já recolher mais de 420 mil euros para ajudar a financiar os colegas que façam greve, através de uma recolha de fundos feita por uma plataforma 'online'.

Na primeira greve cirúrgica, que decorreu entre 22 de novembro e fim de dezembro passado, este movimento tinha conseguido recolher mais de 360 mil euros para apoiar os colegas em greve, compensando-os por deixarem de receber ordenado.

Estima-se que a greve que terminou no fim de dezembro tenha levado ao adiamento de cerca de oito mil cirurgias programadas, segundo os dados oficiais.

Além da ASPE e do Sindepor, o Governo reúne-se hoje também com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e com a Federação dos Sindicatos de Enfermagem (Fense).

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