Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
22º
MIN 12º MÁX 24º

Lusos apreensivos com ausência de Portugal da posse de Nicolás Maduro

Membros da comunidade lusa radicada na Venezuela manifestaram hoje apreensão pela ausência de representantes de Portugal da posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato presidencial, esta quinta-feira.

Lusos apreensivos com ausência de Portugal da posse de Nicolás Maduro
Notícias ao Minuto

19:50 - 09/01/19 por Lusa

País Venezuela

"Ontem [terça-feira] vi a notícia [de que Portugal não estará presente] e fiquei preocupado com isso. Até agora Portugal sempre esteve presente em tudo, mas agora não vai estar, acho que deve estar a receber uma forte pressão da parte dos países da União Europeia e por isso decidiu não estar presente", disse um conselheiro da comunidade portuguesa à agência Lusa, insistindo que falava a título pessoal e não como membro do Conselho das Comunidades Portuguesas.

"O nosso Governo tem estado sempre pendente de cuidar a comunidade portuguesa, mas não sabemos o que vai acontecer", desabafou.

A preocupação da comunidade portuguesa e lusodescendente tem também a ver com as tensões políticas internas, afirmando-se apreensivos com o futuro do país.

Vários comerciantes portugueses disseram à agência Lusa que "não se vê saída política" para a crise venezuelana e que o país está "radicalmente dividido" entre quem apoia e quem se opõe ao Presidente, Nicolás Maduro.

"Mais além da política, qualquer coisa que aconteça vai afetar os portugueses, as condições que têm para trabalhar, porque os nossos comércios estão de portas abertas ao público. Esperemos que as autoridades controlem qualquer situação de violência e possamos continuar a prestar um serviço, a servir os venezuelanos", considerou um comerciante.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, revelou terça-feira que Portugal não estará representado na tomada de posse do novo mandato do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, uma posição adotada pelos países da União Europeia, que não reconhece as eleições presidenciais de maio passado.

O Presidente da Venezuela vai prestar juramento para um novo mandato presidencial perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), já que Maduro não reconhece a legitimidade deste órgão, que acusa de estar a afrontar as sentenças daquele tribunal.

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).

Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.

O Grupo de Lima, composto por 13 países latino-americanos e Canadá, não reconhece o novo mandato de seis anos que Nicolás Maduro iniciará esta quinta-feira, uma posição que apenas o México não subscreveu.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório