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País pagou "custo muito elevado pela não decisão" de governos anteriores

António Costa diz que Portugal pagou um “custo muito elevado pela não decisão” dos anteriores Governos sobre o novo aeroporto do Montijo.

País pagou "custo muito elevado pela não decisão" de governos anteriores

António Costa disse, esta terça-feira, na cerimónia de assinatura do acordo de financiamento do novo aeroporto do Montijo, que está a decorrer na base aérea da Força Aérea, que Portugal está a pagar um “custo muito elevado pela não decisão” dos governos anteriores sobre esta questão.

"Eu tinha sete anos, quando há 50 anos o então Governo de Marcelo Caetano constituiu o gabinete para o estudo do novo Aeroporto de Lisboa. Passaram 50 anos, como se nota, mas foram 50 anos onde pagamos um custo muito elevado pela não decisão", começou por lembrar o primeiro-ministro adiantando as consequências deste atraso.

"Esse custo traduziu-se naquilo que é a asfixia conhecida do atual aeroporto da Portela, traduziu-se na dificuldade do aeroporto suportar o atual desenvolvimento do país, no turismo, mas não só e terá o custo de aguardarmos agora, ainda, até 2022 para podermos estar aqui a assistir à inauguração do novo Aeroporto do Montijo", sublinha.

Para o chefe do Governo não há dúvidas de que os anteriores Executivos fizeram em relação ao novo aeroporto do Montijo não pode continuar a acontecer porque só "atrasa" o país.

"Este é um bom case study de como não deve ser o processo de decisão política em Portugal. Não é possível estarmos 50 anos para tomar uma decisão, não é possível tomar decisões desta dimensão mudando de sentido a cada mudança de Governo", referiu, acrescentando que "teriam sido possíveis outras soluções", mas que "o tempo não fica imóvel" e que não vai voltar a discutir "se esta decisão foi errada".

Contudo, António Costa relembra que a obra pode não avançar devido a duas condicionantes.

"É evidente que estamos sujeitos a algo que ninguém pode por em causa, que é a condição do impacto ambiental e a garantia da segurança aeronáutica. Verificado este pressuposto, a obra tem de avançar e é por isso que pode avançar já na dimensão em que pode avançar, que tem a ver com a melhoria das condições de operação no Aeroporto Humberto Delgado, aí não estamos sujeitos a nenhum estudo de impacto ambiental e, portanto, a obra aí pode avançar já", explicou o primeiro-ministro durante o discurso.

Recorde-se que Governo e ANA assinaram, na tarde desta terça-feira, o acordo de financiamento para o novo Aeroporto do Montijo e alterações na atual infraestrutura Humberto Delgado, na Portela, em Lisboa.

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