POUPANÇA NO MINUTO
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"País está farto de comparações e soluções que nunca são implementadas"
Pedro Marques diz que a solução do aeroporto do Montijo está decidida e que não quer implementar um plano B. Espera que a solução de impacto ambiental seja "aprovada".
© Global Imagens
País Pedro Marques
Pedro Marques foi o convidado de Miguel Sousa Tavares da edição desta segunda-feira do Jornal das 8 da TVI. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas falou sobre a construção do segundo aeroporto do Montijo.
Questionado sobre o facto de já ter sido anunciado o acordo financeiro para a construção deste aeroporto complementar ainda antes da conclusão do estudo de impacto ambiental, Pedro Marques realça que é importante ganhar tempo depois de todo o tempo perdido em torno do novo aeroporto.
“Pode-se avançar para a realização de um conjunto de obras necessárias no aeroporto Humberto Delgado para termos capacidade aeroportuária até 2022 e pode-se avançar com projetos, estudos e autorizações necessárias para ganharmos meses, quem sabe anos com o aeroporto do Montijo. Nenhuma obra será feita no Montijo sem autorizações (…) Agora se houver seis meses que possa ganhar não os quero perder”, salientou.
O ministro acrescentou que o estudo de impacto ambiental não avançou antes porque “tem de ser feito para solução concreta” e que não pensa numa alternativa ao aeroporto do Montijo caso o estudo de impacto ambiental seja chumbado.
“Esperamos que a solução seja aprovada. Não imaginamos nenhuma solução para a construção de um aeroporto com menos impactos ambientes do que a construção num local onde já existe um aeroporto, pois está lá um aeroporto militar”, frisou.
Para Pedro Marques não se pode perder mais tempo. “Faz agora 50 anos quando foi constituído o gabinete do novo aeroporto. Há 50 anos que andamos nisto (…) Decidimos uma solução e estamos a mitigar o seu impacto”, referiu.
“Não estou aqui para implementar um plano B. O país já está farto de passarmos o tempo a fazermos comparações e soluções que nunca são implementadas”, acrescentou.
Pedro Marques destacou que esta solução permite “duplicar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa” e respondeu a Jerónimo de Sousa que apelidou este fim-de-semana o aeroporto do Montijo de apeadeiro.
“Não estamos a falar de um apeadeiro. Estamos a falar de um aeroporto competitivo”, realçou, lembrando que a construção do aeroporto do Montijo pode criar “10 mil postos de trabalho na península de Setúbal” e que em conjunto com a Autoeuropa serão os “maiores investimentos naquela região no Portugal democrático”.
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