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Subfinanciamento das universidades "não é questão crítica"

O ministro da Ciência e Ensino Superior disse hoje que a questão do subfinanciamento das universidades levantada pelo Conselho de Reitores não é uma questão crítica, revelando que Portugal foi um dos três países europeus que aumentou o financiamento.

Subfinanciamento das universidades "não é questão crítica"
Notícias ao Minuto

12:59 - 28/12/18 por Lusa

País Manuel Heitor

"Essa não é uma questão crítica, como eu aqui mostrei. O último relatório da Associação Europeia das Universidades classifica Portugal como 'front runner'. Portugal, Suécia e Noruega foram os únicos três países no contexto europeu que aumentaram o financiamento do ensino superior nos últimos anos", afirmou Manuel Heitor, à margem da sessão de abertura do GraPE 2018, o 7.º Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro.

"Entre 2015 e 2019, a dotação orçamental das instituições de ensino superior aumentou 10% e o número de estudantes aumentou 4%", disse.

Em entrevista ao jornal Público, o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontainhas Fernandes, afirma que "o financiamento do Estado não é suficiente para o pagamento de salários, muito menos para o funcionamento das instituições e, portanto, está fortemente dependente de receitas próprias, onde as propinas têm um peso bastante significativo".

A avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), pedida pelo Governo no início deste ano, sobre o ensino superior nacional, identificou, segundo o presidente do CRUP, a necessidade de aumentar em 100 milhões de euros o investimento no setor até 2030, para convergir com a Europa.

Mas "como se pode falar em valores desta grandeza, quando os reitores continuam a discutir todos os anos com o Governo por causa de reforços de 7 ou 8 milhões?", pergunta.

Manuel Heitor admitiu ainda assim que, apesar de Portugal ter hoje "as maiores taxas de crescimento, quer na área da ciência, quer do ensino superior" e continuar a crescer, este crescimento não é suficiente, até porque, quando comparado com outros países, Portugal tem um "subfinanciamento crítico".

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior "está a ser cada vez mais fácil crescer", mas este crescimento tem "uma relação cada vez maior com os empregadores e com aqueles que criam emprego".

"É uma realidade que nós conhecemos em Portugal, temos casos excelentes, mas também temos muitas instituições longe de atingir o estado de colaboração que pretendemos", defendeu, sublinhando que é necessário reduzir a dependência do Estado, "sempre com a ideia que o investimento público tem que alavancar investimento privado e ambos têm que ser orientados para a criação de emprego".

O governante participou na sessão de abertura do 7.º Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro (GraPE) dedicado ao tema 'Marca Portugal - Graduados Portugueses levam o País ao Mundo'.

O GraPE 2018 resulta da parceria entre a AGRAFr (Association des Diplômés Portugais en France) em França, a ASPPA (Associação de Pós-Graduados Portugueses na Alemanha) na Alemanha, a PAPS (Portuguese American Postgraduate Society) nos Estados Unidos da América e Canadá, e a PARSUK (Portuguese Association of Researchers and Students in the United Kingdom) no Reino Unido.

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