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Quantos bebés vão nascer em Portugal neste 1.º dia do ano? E no mundo?

Dados podiam ser meras curiosidades estatísticas mas mostram, sobretudo, uma realidade preocupante para a qual a UNICEF alerta os líderes mundiais.

Quantos bebés vão nascer em Portugal neste 1.º dia do ano? E no mundo?
Notícias ao Minuto

06:20 - 01/01/19 por Melissa Lopes

País UNICEF

De acordo com a UNICEF, neste primeiro dia do ano 2019 estima-se que vão nascer 202 bebés, menos 11 quando comparados com os números do dia 1 de janeiro de 2018. Assim, os bebés portugueses representarão cerca de 0,051% do total de nascimentos esperados para o mesmo dia em todo o mundo: 395.072.

A esperança média de vida para os bebés nascidos em Portugal neste dia, 01/01/2019, será de 82 anos.

As estimativas da UNICEF satisfazem-nos ainda outras curiosidades.

Por exemplo, os habitantes de capitais de todo o mundo não apenas darão as boas-vindas ao novo ano, como também aos novos residentes: em Lisboa irão nascer 82 bebés. Já em Sydney chegarão 168 recém-nascidos, Tóquio terá mais 310 bebés e Pequim 605.

Notícias ao MinutoÍndia, 2012© UNICEF

O mais expectável, de acordo com a UNICEF, é que o primeiro bebé do ano a nível global tenha nascido nas ilhas Fiji, no Pacífico; enquanto o último nascerá nos EUA. Um quarto de todos os bebés de Ano Novo nascerá na Ásia meridional.

A nível mundial, calcula-se que mais de metade dos nascimentos ocorram em apenas 8 países: A Índia, com 69.944, a China com 44.940, a Nigéria, com 25.685, o Paquistão, com 15.112, a Indonésia, com 13.256, os EUA, com 11.086, a República Democrática do Congo, com 10.05 e o Bangladesh, com 8.428.

Quanto aos nomes mais comuns a dar aos bebés, sabemos que variam de ano para ano e andam ao sabor das modas. Por cá, no dia 1 de janeiro, as famílias irão dar as boas-vindas a muitas Marias e Leonores e a muitos Santiagos e Franciscos.

Muitos bebés não irão sobreviver ao seu primeiro dia

No entanto, nem tudo são boas notícias. Em vários países, muitos bebés nem irão receber um nome porque não irão sobreviver ao seu primeiro dia.

Em 2017, lembra a UNICEF, cerca de um milhão de bebés morreram no mesmo dia em que nasceram, e 2,5 milhões no seu primeiro dia de vida. Dessas crianças, a grande maioria morreu de causas que se podiam prevenir, como a prematuridade, complicações durante o parto e infeções como a septicemia e a pneumonia – uma violação do seu direito básico à saúde sobrevivência.

"Nesta altura que representa um novo ciclo, temos como resolução de Ano Novo tornar realidade os direitos de todas as crianças, começando pelo direito básico à sobrevivência,” afirma Beatriz Imperatori, Directora Executiva da UNICEF Portugal. “Podemos salvar milhões de bebés se investirmos na capacitação dos colaboradores locais de saúde e se os equiparmos para que cada recém-nascido chegue em boas mãos ao mundo.”

"Todas as vidas contam"

O ano de 2019 marca também o 30.º aniversário da aprovação da Convenção sobre os Direitos da Criança e a UNICEF irá assinalar a data com varias atividades em todo o mundo ao longo do ano. À luz deste documento, os governos comprometeram-se, entre outros, a tomar medidas para proteger as vidas de todas as crianças através da prestação de cuidados de saúde de qualidade.

Notícias ao MinutoBebé nascido em 2011, Chade© UNICEF

Apesar de nas últimas três décadas o mundo ter feito progressos notáveis em matéria de sobrevivência infantil - a taxa de mortalidade de menores de 5 reduziu para metade a nível global -,  a UNICEF frisa que o "progresso não foi tão marcante no caso dos recém-nascidos". Os bebés que morrem no primeiro mês representam 47% de todas as mortes de crianças menores de cinco anos.

E é este o ponto que leva a UNICEF a fazer um apelo aos líderes mundiais.  

A campanha  'Todas as VIDAS contam' ('Every child ALIVE') apela a um investimento imediato a fim de proporcionar soluções de saúde acessíveis e de qualidade para todas as mães e todos os recém-nascidos. Estas incluem o acesso constante a água potável e electricidade nos centros de saúde, a presença de pessoal de saúde qualificado durante o parto, a disponibilidade de artigos médicos e de medicamentos para prevenir e tratar eventuais complicações durante a gravidez, parto e período puerpério, assim como a capacitação das adolescentes e mulheres para que possam exigir serviços de saúde de qualidade.

“Os bebés que nascem agora durante o mês de janeiro em Portugal, têm uma esperança média de vida de 82 anos, ou seja, espera-se que venham a viver até ao início do século XXII. Mas, infelizmente, para metade de todas as crianças nascidas neste ano, o mesmo não acontecerá: em países como o Chade ou a República Central Africana, a esperança de vida para estas crianças será inferior e viverão apenas até 2073,” enfatiza Beatriz Imperatori.

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