Coletes Amarelos. “Portugueses reagiram com grande maturidade"
O Presidente da República elogiou esta sexta-feira a forma como os portugueses participaram (ou não participaram) no protesto dos Coletes Amarelos. Aos partidos políticos, avisou: "Têm que se actualizar".
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País Presidente Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa entende que a fraca adesão nos protestos dos Coletes Amarelos, esta sexta-feira, revela que "os portugueses reagiram com grande maturidade".
"É um povo com quase 900 anos e, portanto, não trocou a segurança da democracia por o que poderiam ser realidades aventureiras", disse em declarações aos jornalistas, pouco depois de o próprio ter ido ver, pelas 18h30, o que se passava no Marquês Pombal, dando conta que no Palácio de Belém não houve qualquer manifestação.
Marcelo assinalou a proximidade de dois atos eleitorais, nos quais os portugueses irão exprimir "o que têm a exprimir".
"Se gostam, gostam, se não gostam, não gostam e escolhem outra realidade de que gostem mais", realçou.
Para o Presidente, os portugueses "percebem que estar a reproduzir, ainda que seja por imitação, realidades que se verificam noutros países, noutro contexto, com violência à margem do sistema, não faz parte da nossa maneira de ser".
E os elogios não ficaram por aqui. A fraca adesão dos Coletes Amarelos no país é ainda, aos olhos de Marcelo, "sinal de que há bom senso".
"Em democracia usam-se as armas democráticas, a manifestação, a greve o voto, o protesto, na legalidade, não à margem da legalidade", frisou, antes de 'tirar do bolso' outro elogio.
"Acho apenas que portugueses têm uma grande sabedoria e que sabem que se há necessidade de exprimir diferenças, as devem exprimir em termos democráticos e legais. Sem desacatos, sem ataques a lojas, sem destruição, de uma forma pacífica. Essa foi a grande lição que retirei de hoje".
Quanto aos partidos, o Chefe de Estado constata que "há novas necessidades que estão a surgir" e que "há setores que se estão a movimentar". "Por isso é que há realidades sociais diferentes e os partidos têm que se ajustar", avisou. E recordou ainda que ao longo da história portuguesa, "quando os partidos perceberam que estavam desatualizados, atualizaram-se". "E têm de se atualizar", rematou.
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