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Helicóptero colidiu com torre. "Violência do impacto" anula sobrevivência

O relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) confirma que o aparelho colidiu com a torre de transmissão de rádio, sendo a violência do impacto classificada como "sem probabilidade de sobrevivência".

Helicóptero colidiu com torre. "Violência do impacto" anula sobrevivência

Quatro dias depois do fatídico acidente com um helicóptero do INEM foram reveladas as conclusões do relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF). Nele pode ler-se que a morte dos quatro passageiros do helicóptero do INEM foi provocada pela "violência do impacto".

"A violência do impacto associada à posição invertida da aeronave no momento do choque com o solo, não deixaram espaço útil de sobrevivência para os ocupantes. Adicionalmente, as forças de desaceleração excederam largamente as tolerâncias humanas, sendo o acidente classificado como de impacto sem probabilidade de sobrevivência", descreve o GPIAAF.

O GPIAAF revela também que "o sistema transmissor de localização de emergência (ELT) da aeronave foi ativado automaticamente pelo impacto, não sendo no entanto possível localizar os destroços da aeronave através do sinal deste equipamento, provavelmente, devido à antena do sistema ter ficado danificada e sem ligação à aeronave e equipamento".

De acordo com o mesmo documento, a queda da aeronave terá acontecido na sequência da colisão com a torre de transmissão de rádio, que tem "66 metros de altura" e é "constituída por uma estrutura treliçada em tubos de aço, dotada de feixes de espias em cordão misto aço/fibra, espaçados igualmente em vários níveis ao longo da sua extensão para garantir a estabilidade estrutural".

"Esta infraestrutura [a torre] estava licenciada e foi dotada de equipamento de balizagem luminosa no seu topo. Nesta fase da investigação, não é claro se esta balizagem estava operacional no momento do acidente", destaca o GPIAAF, assegurando que "não foram encontrados quaisquer indícios de explosão ou incendio no pré ou pós acidente".

Acontece que, conclui o relatório, "após a colisão das pás do rotor principal com o mastro da antena e nas espias superiores, a cabine do helicóptero colidiu ainda com outras duas espias de travamento da torre. Devido ao impacto, iniciou-se uma desintegração continuada de carenagens e outros painéis, bem como a separação de uma das pás do rotor principal, devido ao desbalanceamento do mesmo. (...) A dinâmica do acidente levou a uma distribuição de destroços por uma área superior a 24.600 m2".

Recorde-se que, no passado sábado, um helicóptero do INEM despenhou-se na Serra de Pias, na zona de Couce, em Valongo, matando as quatro pessoas que seguiam a bordo do aparelho, que tinha acabado de transportar para o Hospital de Santo António, no Porto, uma idosa com problemas cardíacos graves.

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