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Sobe o número de detidos por suspeita de roubo das Glock da PSP

No total, na operação 'Ferrocianeto', estão envolvidos 150 operacionais.

Sobe o número de detidos por suspeita de roubo das Glock da PSP
Notícias ao Minuto

11:29 - 19/12/18 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País 'Ferrocianeto'

Depois de ao início da manhã desta quarta-feira ter vindo a público a informação de que eram quatro os detidos no âmbito da operação 'Ferrocianeto', através da qual as autoridades têm como objetivo deter os suspeitos de roubarem armas Glock da Direção Nacional da PSP, a Procuradoria-Geral da República (PGR) avança agora que este número foi revisto em alta. São já nove os detidos, sendo que dois deles são polícias. Sete das detenções estão relacionados com o inquérito em questão e outros dois não relacionados com o roubo das Glock, mas por posse de objetos proibidos. 

"No decurso das diligências foram efetuadas nove detenções: Sete detidos relacionados com o presente inquérito (3 em cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Ministério Público e 4 em flagrante delito); e outros dois  detidos não relacionados com o presente inquérito, por posse de objetos proibidos", lê-se na nota enviada ao Notícias ao Minuto.

A PGR avança ainda que "foram apreendidas diversas armas, munições, material informático e equipamento de telecomunicações". Mais, informa a PGR, "continuam a decorrer as diligências de recolha de prova no inquérito", que se encontra "em segredo de justiça".

Já a TVI24 refere que, em Albufeira, uma busca domiciliária resultou na constituição de um arguido, que não foi detido uma vez que não foram encontradas Glock. Foi apenas apreendido material ilícito mas sem relevância neste caso. Peculato, associação criminosa e tráfico de armas são os crimes em causa. 

Recorde-se ainda que os primeiros detidos no âmbito desta operação, que se iniciou às 6h00 da manhã desta quarta-feira e que envolve 150 operacionais, são Luís Gaiba, polícia, o agente 'Chora', um civil que está indiciado por escoar o material roubado para o mercado do tráfico de armas e 'Laranjinha', um civil que foi detido esta segunda-feira no âmbito do processo relativo ao roubo das armas de Tancos, mas que também é suspeito de envolvimento no roubo das Glock, segundo confirmou fonte da PSP ao Notícias ao Minuto

Quando tudo começou...

Em janeiro de 2017 foi detetado o desaparecimento, do armeiro da sede da Polícia de Segurança Pública (PSP), de 57 armas Glock após a apreensão de uma arma de fogo da polícia durante uma operação policial que decorreu no Porto. Outras três armas foram detetadas, posteriormente, pelas autoridades espanholas em Ceuta.

Na altura foram suspensos os dois agentes responsáveis pela listagem das armas, aberto um inquérito e uma comunicação ao Ministério Público para efeitos de investigação criminal.

A 17 de outubro deste ano, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse no Parlamento que haviam sido recuperadas oito das 57 armas Glock desaparecidas "em operações distintas, sem nenhuma característica comum entre as mesmas, oito das 57 armas".

O ministro revelou, à data, que quatro armas foram recuperadas em Espanha, três das quais na Andaluzia e uma Ceuta, e outras quatro em Portugal.

Eduardo Cabrita avançou ainda que o oficial da PSP que foi responsável pelo departamento onde estavam armazenadas 57 armas desaparecidas em janeiro de 2017 foi exonerado de oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Guiné-Bissau.

Na sequência dos processos disciplinares abertos pela PSP a este caso foi determinado, em março de 2017, a cessação da comissão de serviço do ex-diretor do Departamento de Apoio Geral da direção Nacional da PSP, enquanto oficial de ligação do MAI na Guiné-Bissau.

[Notícia atualizada às 13h01]

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