Acordo entre operadores e estivadores permite atingir paz social
O gerente da Operestiva, empresa de trabalho portuário de Setúbal, disse hoje, no parlamento, que o acordo alcançado com o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) permite atingir a paz social.
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País Operestiva
"Com este acordo podemos atingir a paz social", disse Diogo Marecos, em resposta aos deputados, durante uma audiência parlamentar na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.
O responsável referia-se ao acordo assinado em 14 de dezembro entre o SEAL e os operadores portuários, que prevê a passagem imediata a efetivos de 56 trabalhadores precários (mais 10 a 37 numa segunda fase, com a assinatura do contrato coletivo de trabalho até ao final de fevereiro) e o levantamento de todas as formas de luta, incluindo a greve ao trabalho extraordinário no Porto de Setúbal.
No entanto, o responsável da empresa notou que é importante "monitorizar" o acordo celebrado entre as duas partes.
"As pessoas preferem ter a proteção [de um contrato coletivo de trabalho] e nós somos sensíveis a isso. O nosso limite é a capacidade financeira das empresas", ressalvou.
Diogo Marecos destacou ainda que o acordo alcançado permite que as empresas tenham algum tempo para a elaboração de um contrato coletivo de trabalho.
"Há boa fé da empresa, boa fé dos operadores portuários em ajudar, porque ninguém quer um problema destes. Queremos que [Setúbal] seja um porto muito relevante", indicou.
Porém, o gerente da Operestiva disse que Portugal tem que investir nos portos nacionais para que estes consigam competir com a concorrência -- Espanha e Marrocos.
"Garanto que Marrocos [...], nos próximos anos, pode atirar os portos portugueses para um período muito difícil. Ou investimos mais nos portos portugueses ou podemos perder essa carruagem", considerou.
O acordo alcançado colocou termo a um conflito com os estivadores precários de Setúbal que recusavam apresentar-se ao trabalho desde o dia 05 de novembro e garante a prioridade na atribuição de trabalho aos atuais trabalhadores eventuais que não sejam integrados nos quadros dos operadores portuários, face a outros que ainda não estejam a laborar no Porto de Setúbal.
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