PJ no terreno faz novas buscas no caso de Tancos. Há mais oito detidos
Os agentes da Polícia Judiciária estão desde as primeiras horas desta segunda-feira no terreno para deter os suspeitos da autoria material do furto em Tancos.
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País Assalto
Há dezenas de inspetores da Polícia Judiciária no terreno, na zona Centro e Algarve, a realizar novas buscas no caso do furto de material militar em Tancos. Em comunicado enviado às redações, a Polícia Judiciária confirma que foram efetuadas mais oito detenções.
Neste inquérito, recorde-se, estão a ser investigadas pelas autoridades competentes "as circunstâncias em que ocorreu o furto de material de guerra, entre a noite do dia 27 e a madrugada do dia 28 de junho de 2017, no Paiol de Tancos".
Em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de estupefacientes.
Esclarece ainda a Polícia Judiciária que na operação desta segunda-feira, 'Húbris II', participam três magistrados do Ministério Público e 85 investigadores.
Fonte da PJ disse, entretanto, à agência Lusa que os oito detidos são todos civis e que serão presentes na terça-feira a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.
O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos, recorde-se, foi noticiado em 29 de junho de 2017.
O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do MP e da PJ, sete militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo.
Entre os detidos está o diretor da PJM e um civil (que já foi militar), principal suspeito da prática do furto, encontrando-se ambos em prisão preventiva, num caso que levou à demissão de Azeredo Lopes do cargo de ministro da Defesa e cujas implicações políticas levaram à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que ainda não começou com as audições.
Em setembro, após a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada 'Operação Húbris', que levou às detenções, foi anunciada pelo CDS a comissão de inquérito, aprovada apenas com a abstenção do PCP e do PEV.
A comissão tem o prazo de 180 dias, até maio de 2019, prorrogável por mais 90, para chegar a conclusões.
A comissão de inquérito ao furto de material de militar de Tancos vai reunir-se duas vezes por semana e começa as audições às 63 personalidades em janeiro.
[Notícia atualizada às 10h03]
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