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"É uma greve muito longa, de muitos meses que atinge muitos milhares"

O Presidente da República comentou ao final da tarde desta quinta-feira, à saída do Natal dos Hospitais, vários assuntos da atualidade.

"É uma greve muito longa, de muitos meses que atinge muitos milhares"
Notícias ao Minuto

19:30 - 13/12/18 por Sara Gouveia

Política Presidentes

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas em Alcabideche, Cascais, após marcar presença no Natal dos Hospitais. Questionado sobre as contestações que se têm vindo a sentir em vários setores da sociedade, o chefe de Estado reforçou que "a prática tem mostrado que em anos eleitorais, nos períodos de aprovação de orçamento, no fim de cada ano e no começo de cada ano haja um aumento da intensidade da luta política e da luta social, sobretudo em certos setores e sobretudo ligados à Função Pública. Mais do que, propriamente, em setores privados e isso faz parte da vivência democrática".

Sobre a proposta da nova Lei de Bases da Saúde aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, Marcelo deu conta que a sua "posição é conhecida. Penso que uma lei dessas tem de ser transversal, deve ter o máximo acordo possível para não mudar de Governo para Governo. A última vigora há 28 anos".

"Isso significa que não é para ser votado por uma maioria que dura quatro anos e mudada daí a quatro anos e daí a quatro anos", disse, acrescentando que espera "que entre o maior número de partidos, a começar nos partidos com maior expressão parlamentar, seja possível um acordo. Uma lei de acordo, flexível, quanto mais capaz de se adaptar à mudança cientifica e tecnológica melhor. Quanto mais rígida, quando mais fixista, quanto mais a dividir em vez de unir pior, e o Presidente da República na altura devida, perante uma lei que cumpra os objetivos que ele acha fundamentais, promulgará. Se entender que não cumpre, vetará", vincou Marcelo.

Após as críticas tecidas pela ministra da Saúde, que acusou os enfermeiros de "crueldade" por estarem a afetar os mais fracos, o chefe de Estado respondeu apenas que "é uma greve muito longa, de muitos meses e que atinge muitos milhares de portugueses".

"Aquilo que penso (...) é que uma greve só é eficaz se conseguir ter uma grande adesão na sociedade e essa grande adesão significa ter razões dentro do grupo profissional que a conduz, mas também não ter da parte da sociedade em geral uma atitude negativa e medir em cada momento esse equilíbrio entre os direitos que é preciso defender e os sacrifícios que o exercício da greve impõe a tantos portugueses. Medir isso é fundamental para perceber a partir de que ponto é que a greve deixa de ser uma greve entendida pela sociedade e passa a ser incompreendida", rematou o chefe de Estado.

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