"Sei bem das dificuldades que tiveram no cumprimento da vossa missão. Por isso, merecem uma referência especial nesta cerimónia, na forma como cumpriram a vossa missão é imperativo destacar o conjunto de virtudes militares evidenciadas por todos vós, sem as quais não teriam alcançado o sucesso e o respeito que foi reconhecido, nomeadamente a atitude positiva, a iniciativa, a devoção e a abnegação", destacou o almirante António Silva Ribeiro.

Palavras proferidas na cerimónia oficial de receção da 1ª Força Nacional Destacada, que esteve projetada no teatro de operações do Afeganistão, aconteceu hoje em Viseu, uma vez que os 148 militares constituídos por oito oficiais, 17 sargentos e 123 praças, provenientes da Brigada de Intervenção, dos quais três do sexo feminino, fizeram o aprontamento, no Regimento de Infantaria 14, em Viseu.

Ao longo de um discurso de 10 minutos, o CEMGFA não poupou elogios aos familiares dos militares "pelos sacrifícios que fizeram e fazem todos os dias" e à própria autarquia viseense pela abertura e ligação aos militares "bem demonstrada na disponibilidade da praça nobre da cidade", o Rossio, para a realização da cerimónia.

Os elogios maiores foram para os militares destacados no Afeganistão, tanto os do grupo de reação rápida como os elementos de apoio, que no cumprimento desta missão "enfrentaram um ambiente operacional extremamente exigente e complexo" e que o CEMGFA destacou.

"O elevado número de tarefas operacionais no âmbito da segurança e defesa do aeroporto; a permanente ameaça de variada tipologia e natureza incerta; a natureza multinacional da força; as condições climatéricas adversas; e o ambiente sócio político e militar instável do Afeganistão, gerador de incerteza e potenciador de ameaças", enumerou.

O almirante explicou que a força de reação rápida teve como missão, no Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, "garantir a segurança da linha de voo, os patrulhamentos móveis e responder rápida e decisivamente a qualquer ocorrência no aeroporto, infraestrutura crítica e essencial para o país anfitrião, mas igualmente para a própria missão da NATO".

António Silva Ribeiro falou sempre com "grande orgulho e brio" nos militares portugueses pelo seu "comportamento extraordinário" e "pelos resultados alcançados" no Afeganistão e também "com profundo respeito pela forma digna e competente como serviram o país no Afeganistão" e, por isso, realçou, a força nacional "é merecedora do elogio público, para que todos os portugueses reconheçam e conheçam o que os extraordinários militares fazem".