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Miguel Januário inaugura exposição a solo na Tailândia amanhã

O artista português Miguel Januário vai levar o projeto ±maismenos± à Tailândia, onde irá inaugurar a exposição a solo "More or Less", na sexta-feira, na galeria WTF, em Banquecoque.

Miguel Januário inaugura exposição a solo na Tailândia amanhã
Notícias ao Minuto

10:19 - 13/12/18 por Lusa

Cultura Mostra

A exposição 'More or Less' ('Mais ou Menos', em português) vai apresentar o trabalho de Miguel Januário "ao público tailandês, mostrando paralelos notáveis nas práticas de artistas de rua tailandeses e portugueses e os obstáculos a que eles resistem: restrição da liberdade de imprensa, nacionalismo, o excesso de exercício de autoridade e fragilidades da democracia", de acordo com informação disponível no 'site' do Instituto Camões.

No dia da inauguração, haverá uma conversa/apresentação com Miguel Januário e o artista e ativista político tailandês Headache Stencil.

Através do ±maismenos±, iniciado em 2005 num contexto de investigação académica, Miguel Januário reflete sobre o modelo de organização política, social e económica que gere a vida nas sociedades atuais.

A exposição, organizada pela Embaixada de Portugal na Tailândia e o Camões - Centro Cultural Português em Banguecoque, em parceria com a WTF Gallery, ficará patente até 10 de fevereiro.

O Instituto Camões lembra que, na Tailândia, "a intervenção artística é um fenómeno relativamente novo, muitas vezes levado a cabo clandestinamente por coletivos escondidos que respondem com micro-ações aos sistemas e estruturas de controlo, como por exemplo, as intervenções de rua de Black Pather e Watch, usando os rostos dos líderes políticos da Tailândia".

Com o projeto ±maismenos±, Miguel Januário mostra a sua faceta mais interventiva recorrendo a vários meios, como instalações, vídeo, pintura e performance.

Em maio, o artista português inaugurou a primeira exposição a solo no México, na Cidade do México, onde passou um mês em residência artística a convite da galeria Celaya Brothers.

Nessa altura, realizou uma série de intervenções no espaço público, entre as quais uma marcha pré-eleitoral, em abril, aproveitando o período de pré-campanha eleitoral que o país viva na altura.

Já no verão, Miguel Januário levou o projeto ±maismenos± ao festival Roskilde, na Dinamarca, onde foi incluído no programa de artes e debate do festival de música, que se realiza anualmente desde 1971. Além de uma intervenção, foi responsável por uma oficina, aberta ao público, e fez uma palestra sobre o seu trabalho.

Paralelamente, está no processo de criação de um partido político, "uma plataforma onde as pessoas se possam sentir de alguma forma representadas".

"Isto [a ideia de criação de um partido político] já é um processo -- desde o início da ideia, pensar como poderia ser e criando até algumas intervenções, mais no campo da intervenção e não tanto no lado da política -- [com] cerca de dois anos", contou à Lusa, em setembro, em Lisboa, no festival Iminente, que junta música e arte urbana, onde esteve a recolher assinaturas para a criação do partido.

A intenção, explicou, "passa por criar até um certo canal alternativo de representação, que jogue mais com a criatividade e com a intervenção". "É para criar esse partido e descobrir mais ou menos o que poderá vir a ser", disse.

Além disso, a decisão de avançar com a ideia "também passa por trazer um bocadinho a criatividade para o campo da política, cruzar arte e política de uma forma mais real, e também criar uma plataforma onde as pessoas se possam sentir de alguma forma representadas".

Ao mesmo tempo, "durante todo o processo" até à criação efetiva do partido, Miguel Januário quer "relembrar às pessoas o quanto é importante estar-se envolvido com a política".

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