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"O que não é aceitável é que o Governo não queira negociar"

A Ordem dos Enfermeiros considera inaceitável que o Ministério da Saúde não negocie com os sindicatos que convocaram a greve em blocos operatórios e lembra que o Governo negociou com os estivadores durante uma paralisação.

"O que não é aceitável é que o Governo não queira negociar"
Notícias ao Minuto

17:19 - 11/12/18 por Lusa

País Ana Rita Cavaco

A bastonária Ana Rita Cavaco respondeu ao primeiro-ministro, que considerou a greve dos enfermeiros inaceitável, afirmando que "o que não é aceitável é que o Governo não queira negociar".

O Ministério da Saúde suspendeu as negociações com os dois sindicatos que convocaram a greve em blocos operatórios quando a paralisação começou.

"Se há uma ministra que negoceia com os sindicatos dos estivadores em greve, e bem, certamente a ministra da Saúde poderá fazer o mesmo, estando dentro do mesmo Governo", declarou a bastonária aos jornalistas, no final de uma reunião sobre a greve com os sindicatos e com os enfermeiros diretores dos hospitais onde decorre a paralisação.

Sobre os efeitos da greve, a bastonária sublinhou que até hoje nenhuma situação colocou em risco a vida dos doentes e lamentou que tenham sido proferidas afirmações para tentar denegrir a imagem dos enfermeiros.

A este propósito, Ana Rita Cavaco adiantou, por exemplo, que no hospital Santa Maria foram operadas 30 crianças desde o início da greve.

No final da semana passada, a administração do hospital tinha vindo referir que nenhuma criança tinha sido ainda operada desde o início da greve dos enfermeiros.

A "greve cirúrgica" dos enfermeiros, que se iniciou a 22 de novembro e termina a 31 de dezembro, está a decorrer nos blocos operatórios do Centro Hospitalar Universitário de S. João (Porto), no Centro Hospitalar Universitário do Porto, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e no Centro Hospitalar de Setúbal.

Os enfermeiros têm apresentado queixas constantes sobre a falta de valorização da sua profissão e sobre as dificuldades das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde, pretendendo uma carreira, progressões que não têm há 13 anos, bem como a consagração da categoria de enfermeiro especialista.

A paralisação foi convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor).

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