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Supressão de barcos obrigou utentes a faltar ao trabalho e consultas

A supressão de barcos que fazem a travessia Seixal-Cais do Sodré, hoje de manhã, obrigou os passageiros a faltar ao trabalho, a consultas médicas e a exames na faculdade, segundo a comissão de utentes.

Supressão de barcos obrigou utentes a faltar ao trabalho e consultas
Notícias ao Minuto

13:10 - 11/12/18 por Lusa

País Lisboa

Anabela Vicente, da Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul, que está hoje reunida com a administração da transportadora Transtejo em Lisboa, disse à agência Lusa que toda a situação foi complicada para os passageiros que tentavam atravessar o rio Tejo de manhã na região de Lisboa.

Espera-se, segundo a representante, que os constrangimentos se mantenham pelo menos até quinta-feira.

Dezenas de pessoas descontentes com a falta de navios invadiram hoje de manhã, pela porta de desembarque, um barco da Transtejo que fazia a ligação Seixal-Lisboa e este foi impedido de sair pela Polícia Marítima por excesso de lotação.

Em declarações à Lusa, o presidente da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires (distrito de Setúbal) alertou para o impacto negativo das sucessivas supressões de barcos na travessia do Tejo para a vida profissional da população do concelho.

António Santos falava a propósito dos constrangimentos de hoje, lembrando que esta "é uma situação recorrente".

"O barco é o melhor meio de transporte nesta zona e estamos constantemente com problemas. Quem paga a fatura é a nossa população, que tem horários a cumprir, pessoas que trabalham e jovens que estudam e não conseguem chegar a tempo", afirmou.

O autarca disse que têm sido feitos vários contactos com as autoridades para resolver o problema, que afeta os concelhos ribeirinhos com ligação fluvial a Lisboa, mas lamentou a falta de resolução: "Não vemos luz ao fundo do túnel".

"Queremos o problema resolvido", insistiu.

Por seu lado, Horta Pinheiro, da comissão de utentes, lembrou que houve uma proposta do PCP para reforço da frota no âmbito do Orçamento do Estado, mas que não foi aprovada e que os orçamentos da Transtejo e Soflusa (as duas empresas que fazem o transporte fluvial regular na região de Lisboa) transitam de um ano para o outro "sem alterações e sem capacidade para renovação da frota".

Em abril, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou no parlamento que iria ser lançado até ao final do verão um concurso para a aquisição de 10 novos navios para reforço da frota da Transtejo.

João Matos Fernandes referiu que a aquisição destes 10 novos navios, que deverão estar disponíveis até 2022, representa um investimento de 50 milhões de euros, dos quais 15 serão financiados com fundos comunitários.

O governante apresentou uma calendarização da aquisição destes navios, perspetivando quatro para 2020, três para 2021 e outros três em 2022.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

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