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O assassino mais temido de Boston era luso. A sua vida vai dar um filme

Joseph Barboza, filho de lisboetas, conseguiu entrar na La Cosa Nostra, máfia reservada a sicilianos, e foi apelidado de ‘O Animal’.

O assassino mais temido de Boston era luso. A sua vida vai dar um filme
Notícias ao Minuto

11:04 - 11/12/18 por Natacha Nunes Costa

País Crime

O luso-americano filho de um casal de lisboetas, Joseph Barboza, tornou-se nos anos de 1950 e 1960 o assassino mais célebre e mais temido de Boston.

O lusodescendente, apelidado de ‘O Animal’ e de ‘A Coisa Selvagem’, terá matado mais de 30 homens, conseguindo com isso entrar na máfia La Cosa Nostra dos EUA, um grupo reservado apenas a criminosos sicilianos.

Apesar de a maioria dos portugueses não conhecer Joseph, as autoridades de Boston nunca esqueceram ‘o tuga’, como era apelidado pelo FBI.

Em 2013, a sua história de vida deu um livro. Em poucos meses, ‘Animal: The Bloody Rise and Fall of the Mob’s Most Feared Assassin’, em português, 'Animal: a sangrenta ascensão e queda do assassino mais temido da Máfia', tornou-se um sucesso editorial.

A popularidade foi tanta que, agora, a 20th Century Fox comprou os direitos do livro e vai adaptar a vida do assassino ao grande écrã, conta o jornal local 'Boston'.

Como 'o tuga' se transformou num assassino

Joseph Barboza era filho de José Barbosa, um lisboeta que se tornou campeão de boxe nos EUA, depois de emigrar para New Bedford. A mãe, Palmeda Camila, era costureira de uma fábrica. O casal teve cinco filhos e passou por muitas dificudades.

A vida não foi fácil para a família portuguesa. Joseph cresceu nas ruas depois de os pais serem presos por roubos e agressões, quando era apenas uma criança.

Aos 14 anos foi preso pela primeira vez, depois de ter destruído uma loja. Aos 17 formou um gang que lançou uma vaga de terror sobre Boston.

Depois de vários anos a andar dentro e fora da prisão, acabou contratado pelo líder da máfia La Cosa Nostra, Raymond Patriarca, que o contratou para aniquilar os seus inimigos.

Joseph confessou, numa biografia, a morte de sete homens. Contudo, o FBI sabe que se gabava de ter matado mais de 30.

Em 1966 acabou detido por posse de armas pesadas e os seus dias de máfia chegaram ao fim.

Testemunhou contra Raymond Patriarca, apesar de conhecer os riscos. Dedicou-se à poesia e à pintura, colaborou com as autoridades e conseguiu sair em liberdade condicional em 1975.

A 11 de fevereiro de 1976, quando saía da sua residência, em São Francisco, foi morto a tiro. As autoridades nunca chegaram ao seu assassino, contudo, tudo indica que tenha sido executado pela máfia La Cosa Nostra.

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